Suspeito de matar namorada a facadas se entrega e é preso em SP

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A polícia de São Paulo prendeu, na tarde desta sexta-feira (28), Lucas Alves Pereira, 18, suspeito de matar a namorada, Ana Carolina Pereira de Santana, 18, a facadas no último sábado (22). O jovem, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), se apresentou no 21º Distrito Policial (Vila Matilde), na zona leste da capital.

Na última segunda-feira (24), Lucas havia sido liberado pela polícia após prestar depoimento e ser indiciado por feminicídio. Apesar de ter confessado o crime, o período para a prisão em flagrante já havia expirado. No dia da morte de Ana Carolina, vizinhos disseram que ele havia fugido.

Ele foi considerado foragido de sábado a segunda.

“As investigações foram concluídas no último dia 25 e o inquérito policial foi relatado e encaminhado ao Poder Judiciário”, afirmou, em nota, a SSP. A reportagem não localizou a defesa do jovem.

Ana Carolina foi morta a facadas na tarde de sábado, no bairro Cidade Patriarca, zona leste de São Paulo, no apartamento onde Lucas vivia com a tia. No dia, vizinhos ouviram uma briga, barulho de algo caindo no chão e uma mulher gritando por socorro.

De acordo com a SSP, a Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou Ana Carolina no chão da cozinha, sem sinais vitais. O Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) também foi chamado e confirmou a morte ainda no local.

Lucas não estava no apartamento quando a PM chegou, e a porta foi arrombada. Vizinhos disseram que viram ele fugindo do imóvel. A tia dele não estava no imóvel. No dia, a polícia não conseguiu localizá-lo.

Lucas e Ana Carolina se conheceram na escola técnica em que estudaram e namoravam havia cerca de quatro meses. Ele havia feito uma publicação pouco antes da morte de Ana Carolina. “Antes vc sendo infeliz comigo do que feliz com outro”, escreveu.

FEMINICÍDIO EM ALTA

São Paulo registrou em 2024 o maior número de feminicídios desde 2018, quando o crime passou a ser contabilizado separadamente no estado. Ao todo, foram 253 vítimas, ante 221 em 2023, um aumento de 14%.

No ano passado, o estado também registrou o maior número de boletins de ocorrência em uma série de crimes contra a mulher: lesão corporal, maus tratos, ameaças, invasão de domicílio, dano, constrangimento ilegal, calúnia, difamação e injúria.

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