Atraso na obra do Mercado do Produtor é confirmado

Em Tubarão, uma obra que já deveria ter saído do papel há mais de 1 ano segue sem ser definitivamente entregue para a população, que aguarda o retorno das feiras e comercialização de produtos caseiros no bairro Oficinas.

O Mercado do Produtor, cujo a data de conclusão da obra era prevista para o dia 29 de novembro de 2023, iniciou o ano de 2025 sem um futuro definido. Felizmente, apesar do atraso, a tendência é de que a obra do novo espaço para a comunidade seja finalizada em maio deste ano. Em ritmo lento, as obras acontecem no Mercado do Produtor, que custou aos cofres públicos R$ 2.620.578,77.

Um dos fatores que contribuiu para o atraso foi a demora em realocar os feirantes e comerciantes que atuavam no local antigamente. Após aproximadamente sete meses, o grupo que ali vendia suas mercadorias passou a realizar a feira no pátio do ginásio Francisco Salgado (Salgadão). Apenas depois da mudança no segundo semestre de 2023 que a L Construções, empresa responsável pela obra, fechou o espaço com tapumes, demoliu o antigo prédio e iniciou a nova edificação.

Vale destacar, que durante todo o período, 11 medições (avaliações feitas pelos fiscais da obra e que determinam em que pé a construção está) foram realizadas. A construção, que era prevista para ser entregue em sua totalidade em novembro de 2023, finalizou o mesmo ano, com apenas 30,8%. Em 2024, a situação subiu para 70,16% e agora, 73,49% da obra está concluída. Durante o período quatro pessoas diferentes também foram escolhidas como fiscais.

O que a prefeitura fala?

O portal SCTodoDia entrevistou de forma exclusiva o secretário de Agricultura e Interior de Tubarão, Marcos Savi Mondo, que atribuiu o atraso de mais de 200 dias ao fato da demora em realocar os feirantes para continuar suas atividades na época. “Também houve uma divergência com relação ao projeto do piso no decorrer da obra. Teve uma pausa para contestar o projeto junto á Amurel e depois foi dado sequência. A obra está em um ritmo adequado e o atraso aconteceu não por causa da empresa, e sim devido a esses imprevistos”, disse o gestor.

Apesar de Savi ter confirmado que a construção deve alcançar os 100% de conclusão em maio de 2025, está é apenas a primeira etapa da obra. Uma segunda licitação que vai equipar os 30 boxes de venda e oito boxes de refrigeração será lançada apenas depois do Carnaval.

“Essa segunda etapa já estava praticamente pronta, mas em função desses atrasos teve que ser atualizada. Na última sexta-feira (21) a Amurel entregou o orçamento atualizado que foi apresentado ao prefeito Estêner Soratto e agora vai ser dado sequência no processo licitatório”, explicou o responsável pela Agricultura e Interior.

Nesta segunda-feira (24), em uma coletiva de imprensa, o prefeito Soratto confirmou que esta segunda licitação será lançada após o período de Carnaval.

Reclamações

Algumas reclamações, que partiram especialmente dos produtores que voltarão para o espaço revitalizado após a entrega, já começam a surgir. Uma delas é com relação ao espaço físico do Mercado do Produtor. Conforme Marcos explica, existe a ideia de utilizar o espaço durante toda a semana, e não apenas nos dias de feira. Por isso, uma área de convivência com praça de alimentação e um estacionamento fazem parte do projeto. O fato, no entanto, diminui o espaço físico do empreendimento.

“Em visita técnica e conversas  com alguns produtores, eles questionaram a respeito dos caminhões. Vai ter uma certa dificuldade que é a de não poder deixar o seu caminhão estacionado. Vai ter que descarregar o produto e depois tirar o veículo dali, até para não trancar o fluxo lá dentro”, confirmou o secretário.

“Devido ao investimento público envolvido, existe uma recomendação da administração em utilizar não somente nas terças e sextas (dias de feira), e sim manter o Mercado nos demais dias. Ou com a mesma atividade, caso tenha mercado para outros produtores, ou alguma outra ação, como uma feira de artesanato ou outra proposta nesse sentido”, concluiu Savi.

A telha

Além do espaço físico, o telhado do Mercado do Produtor também foi alvo de uma polêmica ao longo de sua construção. Na época, o Observatório Social do Brasil (OSB) de Tubarão fez um apontamento sobre o tipo de telha que seria instalado no prédio.

O projeto previa a instalação do telhado de zinco, material que não possui um bom isolamento térmico, nem acústico, além de ser menos duradouro já que apresenta goteiras em pouco tempo de uso. Em um relatório produzido pelo OSB, foi apresentado que a telha térmica tipo sanduíche seria uma alternativa por possuir mais resistência mecânica, maior cobertura e vedação, ser mais resistente a fortes ventos, ter montagem e instalação mais rápida, além do melhor isolamento acústico e térmico.

Mesmo com a repercussão, o projeto original não foi alterado. Como resultado, após seis meses, o Observatório Social compareceu na estrutura do Mercado do Produtor em um dia de chuva. É possível conferir em um vídeo produzido pela entidade que o ruído é extremamente alto quando chove. Confira abaixo:

 

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