‘Não vamos aceitar’, diz Moreira contra Jorginho

O MDB de Santa Catarina enfrenta uma verdadeira crise interna. Recentemente, o governador Jorginho Mello (PL) confirmou Carlos Chiodini (MDB) como o novo secretário de Estado da Agricultura. Com essa nomeação, Luiz Fernando Vampiro (MDB), suplente de Chiodini, assumirá uma vaga na Câmara dos Deputados, o que faz com que Criciúma ganhe mais representação em Brasília — agora, com cinco parlamentares federais. O problema é que a movimentação não foi bem recebida por todos dentro do partido.

A aproximação de Chiodini e Vampiro com o governo estadual tem causado muito desconforto entre membros tradicionalistas do MDB. O ex-governador Eduardo Moreira foi questionado sobre as recentes movimentações e não poupou críticas. Segundo ele, a decisão toma um rumo isolado, que não leva em consideração o interesse coletivo do MDB, e que, ao se aproximar de Jorginho Mello, o partido abre mão de qualquer projeto para as eleições de 2026.

“Não vamos aceitar a aproximação com Jorginho. O MDB está abrindo mão de um projeto conjunto e está sendo direcionado por decisões de interesses próprios e não partidários. Isso é o pior, a sinalização mais clara, de que não estamos pensando no futuro do partido”, dispara o ex-governador, deixando claro que uma ala do MDB não concorda com os rumos do partido e que a aliança com o governador pode enfraquecer a identidade do MDB para o futuro.

Outros nomes do partido se manifestaram contra a aproximação. A crise interna no MDB fica pior à medida que a decisão sobre a aliança com Mello toma contornos de uma grande batalha de egos e interesses. De um lado, emedebistas que acreditam que a aproximação trará oportunidades para o partido; do outro, os que acreditam que esse passo comprometerá qualquer possibilidade de liderança nacional em 2026.

O risco é grande: ceder espaço a interesses pessoais pode afastar o partido de um projeto unificado rumo às eleições de 2026.

A crise interna do MDB está só começando. A disputa entre uma aliança pragmática e a manutenção da autonomia partidária divide as bases e coloca em xeque a estratégia que, hoje, pode definir os rumos do partido para o futuro.

Chiodini prestes a ingressar no governo de Jorginho

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