Promotoria se nega a revogar condenação dos irmãos Menendez

Erik Menendez (c) e seu irmão Lyle Menendez no tribunal de Beverly Hills (Califórnia), 12 de agosto de 1991MIKE NELSON

O principal promotor de Los Angeles, nos Estados Unidos, rejeitou uma oferta dos irmãos Menendez, conhecidos pelo assassinato de seus pais em 1989, nos Estados Unidos. O promotor distrital do condado, Nathan Hochman, fez a declaração durante uma entrevista coletiva para imprensa. As informações são da NBC News. 

Os promotores negaram a petição apresentada por Erik e Lyle Menendez, em maio de 2023, alegando 
que as evidências citadas pelos irmãos não atendiam aos padrões exigidos para um juiz ordenar um novo julgamento, segundo o site. No documento, Erik confirma que seu pai o molestou sexualmente nos meses anteriores aos homicídios. Os irmãos descreveram os assassinatos dentro da própria casa, em Beverly Hills, na noite de 20 de agosto de 1989, como legítima defesa. Eles ainda disseram que atiraram mortalmente em seus pais, Jose e Kitty Menendez, depois que Lyle confrontou seu pai sobre o abuso constante de Erik e ameaçou expor o pai, que na época do crime, era um executivo de uma grande empresa de entretenimento. Eles estão presos desde 1990.

Irmãos Menendez, um pouco antes do crimeESTADÃO CONTEÚDO

Ainda durante a entrevista coletiva, de acordo com a NBC News, Hochman acrescentou que Erik e um primo, hoje falecido, testemunharam sobre o abuso de Erik no julgamento e os dois disseram que a última vez que falaram sobre isso foi seis anos antes dos assassinatos. O promotor disse que era “inconcebível” e “desafia o bom senso” acreditar que eles discutiram o abuso sem levantar o assunto no julgamento, diz o site.

“Se tivessem provas de que o abuso sexual tinha sido comunicado não apenas seis anos antes dos acontecimentos, mas nove meses antes dos assassinatos dos pais, isso certamente teria sido revelado durante os depoimentos”, disse Hochman na entrevista. 

Na petição, também foi incluída uma declaração de Roy Rosselló, ex-membro do grupo porto-riquenho Menudo. No documento, Rossello alegou que Jose Menendez, o pai de Erik e Lyle, trabalhava para a RCA, à época, gravadora da banda, o agrediu sexualmente enquanto o grupo estava nos Estados Unidos. 

 Ainda segundo a NBC News, os promotores argumentaram que a alegação era “inadmissível, imaterial e carece de credibilidade”. Citando o Tribunal de Apelações da Califórnia, eles observaram que “o tribunal de primeira instância declarou que a questão principal era o estado de espírito dos réus no momento do assassinato e o incidente anterior relevante que pode ter tido sobre os réus”.

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