Pentágono suspende plano de demissões em massa, diz imprensa dos EUA

pete hegseth

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos suspendeu temporariamente o plano de demissões em massa ordenado na última quarta-feira (19) pelo secretário Pete Hegseth, segundo relatou nesta sexta (21) a emissora americana CNN.

De acordo com a CNN, o Pentágono não vai demitir os cerca de 50 mil funcionários civis que seriam afetados pela ordem de Hegseth por preocupação de que a medida poderia causar “prejuízo significativo para as capacidades militares [dos EUA] e para a prontidão das Forças Armadas”.

Além disso, a demissão em massa poderia não ser legal, segundo uma análise jurídica conduzida pelo Departamento de Defesa. O plano faz parte dos profundos cortes de gastos conduzidos pelo governo Donald Trump e chefiados pelo bilionário Elon Musk, à frente do Doge (Departamento de Eficiência Governamental.)

Faz parte da lei que rege as atribuições do secretário de Defesa uma cláusula que proíbe demissões “a não ser que o secretário conduza uma análise apropriada” de como essas demissões poderiam impactar as capacidades militares dos EUA, e que a capacidade de prontidão das Forças Armadas deve ser mantida independente do custo. De acordo com o Pentágono, essa análise ainda estaria sendo conduzida.

Na última quarta, Hegseth ordenou que os cortes de pessoal fossem elaborados até o dia 24 e incluiu uma lista de 17 categorias isentas. Entre elas: operações na fronteira sul dos EUA, modernização de armas nucleares e defesa antimísseis, e aquisição de drones de ataque unidirecional e outras munições.

O orçamento do Pentágono para 2025 é de cerca de US$ 850 bilhões, um dos maiores gastos do governo federal americano. Ele foi aprovado com consenso bipartidário no Congresso dos EUA, que avalia ser necessário investir nas Forças Armadas para conter a China e a Rússia.

De acordo com a CNN, funcionários do Pentágono passaram os últimos dias trabalhando em hora extra para formular as listas de trabalhadores que serão demitidos e compilando exceções necessárias, incluindo nas áreas de inteligência e cibersegurança.

Em um vídeo publicado no X na quinta (20), Hegseth disse que o departamento de Defesa começaria a demitir funcionários temporários em breve.

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