Greve dos servidores completa uma semana na capital 

A greve dos servidores municipais de Florianópolis completa uma semana nesta quarta-feira (19) sem previsão de encerramento. Em nova tentativa de negociação, representantes do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) e da prefeitura se reuniram, mas não chegaram a um acordo. O encontro foi mediado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que considera a paralisação ilegal.

A audiência foi conduzida pela desembargadora Fernanda Sell de Souto Goulart, do Cojemepec (Sistema dos Juizados Especiais e Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos), com participação dos magistrados André Alexandre Happke e Marcelo Pons Meirelles.

Impasse continua: sindicato mantém greve

A paralisação começou em 12 de fevereiro, após a prefeitura enviar à Câmara de Vereadores um projeto de reforma da previdência. O Sintrasem argumenta que as mudanças propostas reduzem o valor das aposentadorias, aumentam o tempo de contribuição e impõem descontos previdenciários a servidores já aposentados.

Na audiência, a prefeitura propôs abrir uma mesa de negociação até 7 de abril e convocar 270 novos profissionais do magistério. Além disso, ressaltou que o projeto tramita na Câmara para amplo debate nos próximos 30 dias.

Assembleia rejeita proposta e greve segue

Após a audiência sem acordo, o Sintrasem reuniu a categoria em assembleia na Praça Tancredo Neves, no Centro da capital, onde decidiu manter a greve. O sindicato criticou a postura da prefeitura, alegando que o governo recuou de uma proposta feita no dia anterior.

Após a reunião, servidores realizaram uma manifestação em frente à prefeitura e caminharam pelo Centro com cartazes contra a reforma da previdência. A paralisação segue sem previsão de encerramento.

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