Reunião com organizadores de blocos apresenta Protocolo Por Todas Elas para um Carnaval mais seguro

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Com o objetivo de garantir mais segurança para as mulheres durante o Carnaval, o Comitê de Cultura do DF, o Instituto Rosa dos Ventos e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) reuniram, nesta semana, os coordenadores de blocos carnavalescos para apresentar o Protocolo Por Todas Elas durante as oficinas formativas para um carnaval de inclusão e sustentabilidade. A iniciativa busca prevenir casos de assédio e importunação sexual, além de reforçar a responsabilidade dos eventos na criação de ambientes seguros para o público feminino.

Durante o encontro, Jorge Simas, representante da Liga dos Blocos Tradicionais, ressaltou a importância da reunião para a organização da festa e destacou que diversos temas foram debatidos, como acessibilidade, sustentabilidade e, principalmente, segurança. “Agora estamos discutindo a defesa do direito ao ‘não’ da mulher, criando programas que possam atender a essas necessidades”, afirmou.

O Protocolo Por Todas Elas estabelece diretrizes para que estabelecimentos de lazer e entretenimento adotem medidas de prevenção à violência de gênero. As empresas que cumprirem todos os requisitos receberão o selo Por Todas Elas, com validade de um ano. Para Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania do DF, a parceria com os blocos é essencial para fortalecer a rede de proteção. “O Carnaval deve ser um espaço de alegria e segurança para todas. Com essa parceria, tornamos a festa mais segura e inclusiva”, destacou.

Com mais de 30 anos de experiência na organização do Carnaval, Simas reforçou que a segurança deve abranger tanto os foliões quanto os artistas que fazem parte da festa. “O Gran Folia, por exemplo, será um grande espaço para trabalharmos durante quatro dias. Então, pedimos que os foliões venham com ânimos desarmados, prontos para a festa, porque haverá muita diversão e não espaço para brigas ou confusões”, completou.

Stephanie Oliveira, presidente do Instituto Rosa dos Ventos e coordenadora do DF Folia 2025, ressaltou a necessidade de preparar melhor os blocos para atender a um público diverso. “Nossa escolha sempre foi dialogar diretamente com os blocos, porque são eles que fazem o Carnaval de Brasília. Com os protocolos estabelecidos pelo GDF, como os de diversidade, sustentabilidade e acessibilidade, percebemos que muitos organizadores não estavam preparados. Por isso, iniciamos oficinas formativas para ajudá-los nesse processo”, explicou.

Ao longo de três dias, quatro oficinas serão realizadas, abordando temas como diversidade, sustentabilidade e acessibilidade. “A última oficina será sobre gestão de recursos, pois os blocos precisam receber os valores e implementar todos esses protocolos, além de lidar com palco, som e outras necessidades. Queremos garantir que a prestação de contas ocorra de forma transparente e saudável”, detalhou Stephanie.

A iniciativa reforça o compromisso dos organizadores com um Carnaval mais seguro, inclusivo e bem estruturado. “Queremos que os blocos e o governo pensem juntos na implementação dessas medidas, garantindo um evento respeitoso para todos”, concluiu.

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