Criciúma: CAPS 3 segue fechado por falta de elevador

A situação do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS 3) de Criciúma será tema de debate na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (18). O vereador Luiz Fontana protocolou um requerimento para solicitar mais informações sobre as condições da unidade, que enfrenta dificuldades estruturais e operacionais.

Em entrevista à Rádio Cidade em Dia, Fontana destacou que os problemas não se restringem ao CAPS 3, mas também afetam os demais centros de atendimento psicossocial do município. “Os CAPS vêm enfrentando dificuldades há muito tempo. Durante a eleição já tínhamos conhecimento desses problemas, e nos últimos meses a situação se agravou”, afirmou o vereador.

Atualmente, Criciúma conta com quatro unidades: CAPS I, CAPS II, CAPS III e CAPS AD. O único que está em boas condições é o CAPS I, que recentemente inaugurou uma nova sede e funciona dentro dos padrões adequados. O CAPS AD, localizado no bairro Santa Luzia, apresenta problemas estruturais, como a falta de ar-condicionado em várias salas e um histórico de furtos. Já os CAPS II e III compartilham um mesmo espaço no bairro Michel, com condições precárias para atendimento.

“O CAPS III foi fechado pela Vigilância Sanitária Estadual há cerca de sete meses por não atender aos requisitos mínimos para funcionamento. Desde então, ele foi transferido para uma sala de 2×2 dentro do CAPS II, impossibilitando um atendimento adequado para pacientes que necessitam de cuidados intensivos”, explicou Fontana.

A principal justificativa para a demora na reabertura do CAPS III em um novo local seria a necessidade de adaptação da estrutura, incluindo a instalação de um elevador. Segundo o vereador, o equipamento já foi adquirido, mas uma peça fundamental para o funcionamento ainda não foi instalada. Enquanto isso, a superlotação no CAPS II compromete o atendimento adequado aos pacientes.

Outro ponto abordado no requerimento é a ausência de coordenadores exclusivos para cada unidade. Anteriormente, cada CAPS possuía um profissional dedicado à coordenação, mas agora todos são supervisionados por um único coordenador geral vinculado à Secretaria de Saúde. “Sabemos que uma única pessoa não consegue gerir todas essas unidades de forma eficiente. Esse modelo compromete a qualidade do atendimento”, pontuou o vereador.

O requerimento será votado na Câmara e, se aprovado, o Poder Executivo terá um prazo de 30 dias para responder aos questionamentos. A expectativa dos parlamentares é de que a prefeitura apresente um plano concreto para a normalização dos serviços e melhoria das condições estruturais dos CAPS.

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