Em defesa do Lago Norte

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O secretário de obras do GDF, Valter Casimiro Silveira, e o administrador do Lago Norte, Marcelo Trator, participaram de uma conversa com a comunidade de moradores dessa região administrativa. Na ocasião, a convite dos membros da Agremiação Pró-Desenvolvimento às Margens da Estrada Parque Paranoá (EPPR), DF-005, o secretário pôde esclarecer algumas dúvidas sobre o projeto de construção das futuras pontes do Lago Paranoá. Na reunião, também foram apontadas algumas questões focadas na melhoria da infraestrutura do Setor de Mansões do Lago Norte (SMLN).

Ao Jornal de Brasília , Valter Casimiro afirmou que é importante ouvir as reivindicações dos moradores para saber quais as demandas prioritárias da cidade. “Nós conversamos com a associação dos moradores da região e em função das suas demandas, vamos poder fazer um planejamento de ações com foco nas maiores necessidades para a população local”, comentou.

O secretário indicou que depois de tirar as dúvidas dos moradores na reunião, o espaço ficou aberto para que eles pudessem detalhar as demandas pontuais e urgentes e, assim, a pasta vai poder atuar de forma imediata.
Na ocasião, foram mencionadas as preocupações dos moradores quanto aos acessos de cada trecho, a ausência de acostamento no percurso da EPPR, a urgência na melhoria de funcionalidade das paradas de ônibus, iluminação e outras demandas como a recuperação do asfalto, meios-fios, escoamento pluvial e instalação de equipamentos públicos.

Por sua vez, o administrador do Lago Norte destacou que a reunião com a participação do secretário de Obras foi essencial. “Porque o Setor de Mansões do Lago Norte está precisando de um recapeamento e de melhorias, principalmente no que diz respeito à iluminação pública e à melhora da qualidade de vida das pessoas”, comentou.

Para Marcelo Trator, o evento, que aconteceu nessa última sexta-feira, foi importante para ver o que a população da área está precisando. De acordo com o administrador, a reunião foi um dos primeiros passos para resolver demandas que foram acumuladas por mais de 30 anos. “Agora, os moradores vão levar para a administração uma lista do que estão precisando na região para que nós possamos levar ao secretário de Obras e começar a execução desses itens”, finalizou.

Pontes

Como afirmou Aldo Zagonel, secretário do Conselho Deliberativo da agremiação, o debate com o secretário e o administrador trouxe à tona esclarecimentos a respeito dos projetos de construção das quatro pontes do Lago Paranoá, que seriam a ponte da Barragem do Lago Paranoá, a que interligaria a Ermida Dom Bosco e a antiga Academia de Tênis e as pontes da saída norte, que passariam pela península, interligando o Setor de Clubes Norte e o Setor de Mansões do Lago Norte. Todas elas estão em fase de estudo de projetos.

Segundo Valter Casimiro, essas pontes não vão ser edificadas nesse governo, mas existe a previsão de que sejam construídas no futuro, por serem muito necessárias. “São projetos que ainda serão detalhados”, acrescentou. Na reunião, o secretário ainda explicou que o projeto da ponte da Barragem deve ser o primeiro a ser realizado mais para frente, mas sob uma nova gestão. “A construção da ponte é inevitável de sair, o que está sendo discutido e planejado é a questão de projeto”, frisou para os moradores.

Na reunião, realizada em um espaço de eventos no Setor de Mansões, também foi abordada a necessidade da complementação da duplicação da EPPR, em especial entre o balão do Trecho 8 da SMLN e a Barragem. Valter Casimiro se dispôs a pedir aos técnicos de obras para considerar no projeto da ponte da Barragem as questões levantadas pela comunidade. A percepção dos membros da agremiação presentes na conversa foi de que este percurso da EPPR em específico é o único que ainda não conta com uma pista dupla modernizada e segura, tanto para os motoristas, quanto para ciclistas e pedestres. Os moradores apontaram que nesse trecho já aconteceram muitos acidentes graves, por ser um trajeto muito perigoso, principalmente quando chove.

A agremiação luta ainda pela valorização das áreas adjacentes à EPPR, que incluem os Trechos 3 a 13 do SMLN; os Núcleos Rurais Córrego Jerivá, Capoeira do Bálsamo e Tamanduá, entre outros; os condomínios Porto Seguro, Nosso Lar e Verde Vida e o Setor de Galpões de Armazenamento. Outro objetivo da associação é encontrar soluções em termos de desenvolvimento urbano e socioeconômico dessa área, dentro da ordem e da lei.

Além disso, o grupo procura encontrar formas de preservar os lugares que sofrem diversas irregularidades, como a Floresta Distrital dos Pinheiros e a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) do Paranoá Sul. Como por exemplo, a ocupação irregular de terras e a venda ilegal de lotes do SMLN, que deixa os moradores com a sensação de insegurança, além de comprometer o crescimento harmônico do setor.

A preocupação dos moradores quanto à grilagem de terra, inclusive, já foi abordada pelo Jornal de Brasília, que de 2022 a 2024 mostrou alguns casos de grilagem em áreas de proteção ambiental no Lago Norte. A região é muito visada pelos grileiros, por oferecer uma vista única do Lago Paranoá e ter uma possibilidade de alta valorização, visto que a maioria dos loteamentos de interesse desses criminosos estão às margens da água. A região sofre agressões constantes ao patrimônio ecológico, que acarretam em consequências negativas para a Bacia do Lago.

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