Borboletas são monitoradas para verificar conservação do Parque Vassununga em Santa Rita do Passa Quatro


Elas são atraídas para armadilhas, fotografadas, contabilizadas e soltas. Pesquisadores tentam identificar 13 variedades presentes na mata. Borboletas são monitoradas no Parque Estadual Vassununga em Santa Rita do Passa Quatro
Um monitoramento de borboletas feito no Parque Estadual Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro (SP), ajuda a verificar se a mata está preservada e se não existem riscos para reprodução e sobrevivência dos insetos no local.
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Dependendo da variedade, a vida de uma borboleta dura de 7 a 21 dias. Por isso, é importante acompanhar seu habitat.
A gestora do parque, Pamela Guandalini, disse que animais de médio e grande porte, assim como os primatas, também são monitorados.
“Todos eles conseguem passar para a gente como está o estado atual do parque com relação à conservação. Baseado nisso, a gente consegue procurações, como melhorar o corredor ecológico, fortalecer ações de manejo, restauração da mata”, disse.
Borboletas são monitoradas para verificar conservação do Parque Vassununga em Santa Rita do Passa Quatro
Nilson Porcel/EPTV
Contabilizadas e fotografadas
O trabalho de monitoramento dos insetos ocorre durante sete dias. As borboletas são atraídas para armadilhas, fotografadas, contabilizadas e soltas.
Após um intervalo mínimo de 15 a 20 dias são feitas novas instalações e checagens por mais uma semana. A primeira começou na segunda-feira (10) e termina neste domingo (16). A próxima está prevista para começar no dia 10 de março. Foram instaladas 48 armadilhas divididas em três áreas de mata atlântica.
O agente de apoio à pesquisa científica e tecnológica Waldonesio Borges Nascimento trabalha há 31 anos no parque. Ele ajuda na montagem das estruturas, que contam também com uma espécie de isca. “A gente coloca o mel, que é a garapa com a banana, onde as borboletas entram e depois a gente vem fazer a contagem delas”, explicou.
A monitora de biodiversidade Aline Daros Gama disse que as variedades, conhecidas como tribos, são determinantes para o trabalho. Saber quantas espécimes foram encontradas ajuda a fazer a assinatura do local.
“De acordo com a assinatura, nós sabemos quais as tribos que aparecem em cada local, com qual abundância, as que têm mais, as que têm menos. Com isso, conseguimos determinar se aquele local é mais ou menos preservado”, explicou.
No parque, são contabilizadas as borboletas que se alimentam de frutos, entre elas as estaladeiras, que tem esse nome por fazerem um barulhinho de estalo, igual ao que a gente faz com os dedos. Saiba mais sobre elas no podcast “Sons da Terra”, do Terra da Gente (ouça abaixo).
Sons da Terra: as borboletas que estalam
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Variedades
Os pesquisadores tentam identificar 13 variedades de borboletas presentes na mata. Seis delas foram encontradas somente em um dia.
Esse mesmo trabalho também ocorre em outros parques estaduais. A ideia é de que o estudo seja contínuo já que elas são sensíveis a quaisquer alterações no meio ambiente.
“Elas foram escolhidas por ser um grupo de fácil estudo, que a gente consegue capturar de forma fácil, sem causar danos, e soltar no mesmo lugar sem interferir na vida delas”, disse Aline.
Segundo a gestora do parque, todos os animais do ambiente têm a sua importância, desde o microrganismo até os maiores do topo de cadeia. “As borboletas têm a sua função como polinizadoras e indicadoras da qualidade ambiental”.
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