Mães denunciam demora no atendimento e falta de medicamentos no Hospital da Criança

Fachada do Hospital da Criança (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Mães de crianças que dependem de atendimento no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) procuraram a Folha BV para denunciar a demora na marcação de consultas com especialistas e a falta de medicamentos essenciais na unidade. Segundo elas, crianças com transtornos neurológicos e psiquiátricos aguardam há meses por atendimento, enquanto remédios como ácido valpróico e risperidona estão indisponíveis.

A mãe de Luís Guilherme Paz Oliveira, de cinco anos, afirma que o retorno do filho com o neurologista, previsto para julho de 2024, e com o psiquiatra, marcado para agosto, ainda não ocorreram. Ela diz que a criança precisa realizar exames, mas só poderá fazê-los após as consultas, que seguem sem previsão.

A mãe de Oliver Nathaniel Leite Alves dos Reis, de três anos, relata que tenta agendar uma consulta com o neurologista desde novembro de 2023, mas que o hospital mantém a criança na lista de espera. Segundo ela, o filho, que tem cardiopatia congênita e epilepsia, precisa do ácido valpróico para controlar as crises convulsivas, mas o medicamento está em falta nos postos de saúde. A mãe afirma que as convulsões se tornaram mais frequentes, afetando o sono do menino e causando intensas dores de cabeça.

Outra mãe denuncia que o hospital, há quatro meses, não fornece risperidona, medicamento indicado para tratar inclusive a irritabilidade associada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela diz que o medicamento custa, em média, R$ 63 por frasco e que a prescrição médica indica de quatro a seis unidades por vez, o que gera um alto custo para as famílias.

Outro lado

A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) informa que as famílias das crianças citadas foram contatadas para que recebam o devido atendimento a partir da segunda-feira (17). Importante destacar que o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) é a única unidade referência em alta complexidade de saúde infantil do Estado, recebendo pacientes da capital e de todos os demais municípios de Roraima, além de comunidades indígenas e de países vizinhos. A SMSA reforça que, mesmo com a grande demanda, está buscando formas de dar celeridade aos atendimentos.

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