Neymar no time do Santos, é como Ayrton Senna disputando a F-1 com um carro de passeio

Três jogos, nenhuma vitória, nenhum gol. O início da segunda passagem de Neymar pelo Santos está longe de ser o que o torcedor esperava. Mas será que a culpa é apenas dele? É evidente que Neymar ainda precisa recuperar sua melhor forma física após um longo período afastado dos gramados. No jogo desta quarta-feira (12) contra o Corinthians, por exemplo, saiu na metade do segundo tempo, visivelmente esgotado. Mas há um problema ainda maior: o time do Santos não está à altura do talento de Neymar – e, na verdade, não está à altura de nenhum grande craque.

Hoje, o Santos se tornou um time sem protagonismo, sem respeito dentro de campo. A equipe que já foi referência no futebol mundial, berço de Pelé e de tantas outras lendas, hoje parece um time comum, incapaz de dar a Neymar qualquer suporte para que ele brilhe.

A situação é tão desproporcional que chega a lembrar um cenário absurdo: imagine, por exemplo, se Ayrton Senna ressuscitasse e fosse disputar um campeonato de Fórmula 1. Mas, ao invés de receber um carro de ponta, lhe entregassem um carro de Fórmula 3 – ou pior, um carro de passeio – para competir contra as melhores máquinas do automobilismo. O talento de Senna continuaria inquestionável, mas suas chances de vencer seriam praticamente nulas.

Essa é a situação de Neymar no Santos. Um craque cercado por um time que não oferece o mínimo necessário para que ele jogue seu melhor futebol. Se o Santos realmente quer extrair o melhor de Neymar, precisa urgentemente oferecer um elenco mais qualificado. Caso contrário, a volta do camisa 10 ao clube será apenas uma jogada de marketing sem resultados dentro de campo. Não adianta trazer de volta um dos maiores ídolos da história recente do time e deixá-lo isolado, sem apoio, sem estrutura.

Acompanhe as atualizações da coluna “Futebol Etc” nas redes sociais, no Twitter e também no Instagram. Mande sugestões para a coluna pelo email [email protected]