Titan: Guarda Costeira dos EUA divulga áudio de possível implosão

Acidente deixou cinco pessoas mortasReprodução

A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou, na última sexta-feira (7), um áudio que pode estar relacionado à implosão do submarino Titan,ocorrida em junho de 2023.

O submarino, pertencente à empresa OceanGate, realizava uma expedição para alcançar os destroços do Titanic no Oceano Atlântico. Cinco pessoas morreram no acidente.

A implosão aconteceu a cerca de 4 mil metros de profundidade. O áudio foi captado a aproximadamente 1.400 quilômetros do local do incidente e contém um som descrito como um estrondo semelhante a um trovão submarino, seguido de silêncio.

As autoridades confirmaram que o registro coincide temporalmente com o momento estimado da implosão.

A Guarda Costeira informou que seguirá analisando os dados e divulgará um relatório final assim que os trabalhos forem concluídos.

O caso

Em junho de 2023, o submersível Titan, operado pela empresa OceanGate, sofreu uma implosão catastrófica durante uma expedição ao naufrágio do Titanic, no Oceano Atlântico. A embarcação levava cinco pessoas e perdeu contato com a superfície cerca de 1 hora e 45 minutos após iniciar a descida.

A operação de busca envolveu autoridades dos Estados Unidos e do Canadá, além de embarcações privadas.

No dia 22 de junho, a Guarda Costeira dos EUA anunciou a descoberta de destroços do Titan a aproximadamente 500 metros do casco do Titanic, a uma profundidade de quase 4 mil metros.

As investigações apontaram que a embarcação sofreu uma implosão devido à falha estrutural causada pela pressão extrema no fundo do mar.

Os passageiros eram Stockton Rush, CEO da OceanGate; Hamish Harding, empresário britânico; Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, paquistaneses; e Paul-Henri Nargeolet, especialista em naufrágios. Nenhum deles sobreviveu.

O Titan utilizava um casco de fibra de carbono e titânio, tecnologia incomum para submersíveis dessa categoria.

Especialistas já haviam alertado sobre os riscos da estrutura e da falta de certificação do equipamento. A OceanGate defendia que seu design inovador permitia operações a custos reduzidos.

Relatórios posteriores indicaram que sinais acústicos captados por sensores da Marinha dos EUA eram compatíveis com uma implosão, ocorrida pouco depois da perda de contato.

A OceanGate encerrou suas operações após o incidente.

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