Onça-parda é flagrada no Extremo-Oeste de SC após 25 anos, diz biólogo

Uma onça-parda foi vista no Extremo-Oeste de Santa Catarina, marcando o primeiro registro visual confirmado do animal na região em pelo menos 25 anos. O avistamento ocorreu no dia 29 de janeiro e foi feito por Maximino Júnior, um caminhoneiro que trabalha na área.

Onça-parda é flagrada no Extremo-Oeste de SC após 25 anos

O avistamento da onça-parda ocorreu no dia 29 de janeiro – Foto: Maximino Júnior/ND

O caminhoneiro flagrou o felino caminhando por uma estrada e registrou a cena em vídeo. O material começou a circular entre moradores e chegou ao conhecimento do biólogo Jackson Preuss, que identificou o animal e confirmou a importância do registro.

Segundo o biólogo, há muito tempo não havia registros visuais da espécie. Embora já tenham sido encontradas pegadas na região, a presença da onça-parda nunca havia sido confirmada na bibliografia científica.

Onça-parda é o segundo maior felino das Américas

A onça-parda (Puma concolor) é o segundo maior felino das Américas, com uma distribuição que vai do Canadá à Patagônia. No Brasil, ela habita diferentes biomas, mas devido à caça predatória e à destruição do habitat, tem desaparecido em várias áreas.

De acordo com Preuss, o animal avistado parece ser um animal jovem, o que pode indicar a presença de outros na região. No entanto, registros dessa espécie são raros, já que se trata de um felino discreto e arisco, que prefere viver no interior de fragmentos florestais e evita o contato humano.

O avistamento da onça-parda ocorreu no dia 29 de janeiro por um caminhoneiro

Há muito tempo não havia registros visuais da espécie – Foto: Maximino Júnior/ND

Importância da preservação e do respeito ao animal

O biólogo reforça que a onça-parda desempenha um papel essencial no ecossistema como predador de topo de cadeia, ajudando a controlar populações de presas e equilibrando a fauna local. Machos adultos podem atingir entre 60 e 80 quilos, enquanto as fêmeas são um pouco menores.

Ele alerta que se respeitado o espaço do animal e evitado o contato próximo não há riscos para os humanos. “O importante é permitir que o felino siga seu caminho sem ser importunado. Respeitar seu território e evitar o desmatamento são fundamentais para garantir a sobrevivência dessa espécie e manter o equilíbrio ambiental”, explica Preuss.

A onça-parda na região é um sinal positivo para a biodiversidade local, indicando que o habitat ainda pode sustentar populações desses felinos. Com o aumento da preservação ambiental, a expectativa é que mais registros como esse possam ocorrer no futuro.

A onça-parda na região é um sinal positivo para a biodiversidade local

A onça-parda (Puma concolor) é o segundo maior felino das Américas – Foto: Maximino Júnior/ND

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