Lula diz que quer explorar Foz do Amazonas e fala em ‘lenga-lenga do Ibama’

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (12) voltou a defender a exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas e reclamou da falta de autorização do Ibama a estudos de viabilidade técnica da área pela Petrobras.


Segundo o presidente, até a semana que vem o Ibama se reunirá com a Casa Civil para discutir a autorização.


O pedido da Petrobras é para perfuração de um novo poço na margem equatorial —etapa quando se busca estudar a viabilidade técnica e econômica da exploração, antes de iniciar a produção de petróleo.


“Se depois a gente vai explorar é outra discussão. O que a gente não pode ficar é nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo”, disse Lula em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá.


Lula disse que quer que o petróleo seja explorado nessa região, mas antes precisa pesquisar e ver “se tem petróleo e a quantidade de petróleo”.


“O que nós queremos é que o governo diga qual a vontade dele. A Petrobras é uma empresa responsável e tem a maior experiência de exploração de petróleo em águas profundas e vamos cumprir todos os ritos necessários para que a gente não cause nenhum estrago na natureza”, disse Lula.


“A gente não pode saber que temos uma riqueza embaixo de nós e a não vamos explorar, até porque é dessa riqueza que a gente vai construir a famosa e sonhada transição energética.”


O presidente já defendeu exploração de petróleo na Bacia Foz do Amazonas em outras ocasiões, inclusive a rádios de Minas Gerais na semana passada.


Além de Lula, defendem o empreendimento a primeira-dama Janja, o ministro Alexandre Silveira, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), e o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).


A área energética do governo e a Petrobras argumentam que a Foz do Amazonas é essencial para substituir o declínio da produção do pré-sal na próxima década.


Já a ministra Marina Silva afirma que só a análise técnica do Ibama pode determinar se é sustentável, ou não, realizar o empreendimento. Ela tem apoio da ministra de Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e de ambientalistas.

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