Motoboys lotam Câmara de São Paulo em pressão por liberação de app de motos

DEMÉTRIO VECCHIOLI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Um dia depois de Amanda Paschoal (PSOL) acusar Lucas Pavanato (PL) de transfobia por discurso na Câmara de São Paulo, os dois vereadores dividiram protagonismo em audiência pública sobre a regulamentação do serviço de carona em motos por aplicativo.


A reunião foi convocada por Paschoal, mas foi o nome de Pavanato o gritado pelos motoboys quando anunciado pela própria vereadora, que presidia a mesa.


Ao fim do anúncio dos debatedores, Amanda se colocou ao lado dos motoboys que lotaram auditório no oitavo andar do Palácio Anchieta.


“Meu compromisso é com a luta dos motoboys, e esse também é compromisso do PSOL”, disse ela, que também foi aplaudida.


“A gente precisa de saúde e segurança para os motoboys. Junto com o Jr. Freitas, apresentei solicitação para impedir a apreensão completamente arbitrária de motos e ainda hoje vou apresentar projeto de lei para anular todas as multas”, continuou a vereadora, sendo ovacionada pelos motoboys.


Jr Freitas é a liderança do movimento dos motoboys do SindimotoSP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo) e, ao ser apresentado, ouviu gritos coordenados de que “o sindicato não nos representa”.


Também participa da mesa Gilberto Almeida, presidente do sindicato SindimotoSP, que na quinta-feira (6) apresentou minuta de projeto de lei a um terceiro vereador que busca protagonismo na discussão:

Ricardo Teixeira (União), presidente da Câmara e ex-servidor da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).


Ao menos 200 motoboys assistem à audiência pública, que mudou de sala porque o salão inicialmente previsto não comportava todos os protestantes. Eles gritaram que querem trabalhar e precisam sustentar a família.


A prefeitura não mandou representantes para a audiência pública. Era aguardada a presença de Enrico Misasi, secretário da Casa Civil.

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