Vereadores de Criciúma estudarão tarifa de ônibus

O presidente da Câmara, Márcio Darós (PSD), anunciou que o Legislativo iniciará um estudo detalhado sobre a tarifa do transporte público. A declaração foi dada no podcast Política em Dia, do portal SCTodoDia. “Vamos analisar a planilha de custos e comparar os valores com uma auditoria independente para verificar se o preço atual é justo”, afirmou.

O anúncio ocorre em meio a embates entre vereadores e o Executivo no primeiro dia de trabalhos na Câmara. O aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 5 para R$ 5,25, e os altos gastos com capacitação de professores, estimados em R$ 120 milhões, geraram debates acalorados.

Impasse das tarifas e subsídios

Darós, que participou da Comissão de Transporte por dois anos, desenhou o dilema: para os passageiros, a passagem está cara; para as empresas, a tarifa não cobre os custos operacionais.

“Manter uma frota é caro. Combustível, manutenção e salários dos funcionários pesam na conta. O reajuste não cobre todos os custos, mas também não podemos jogar esse peso apenas sobre o trabalhador”, afirmou.

A Prefeitura contratou uma empresa para auditar os valores do transporte. “Se a tarifa ideal for R$ 7, como dizem as empresas, onde o município entra para cobrir essa diferença? Precisamos entender o custo real do transporte e buscar soluções viáveis sem penalizar os passageiros”, explicou Darós.

Ele também apontou que 23% dos usuários têm direito à gratuidade, incluindo idosos, estudantes e professores. “Isso é essencial, mas precisamos definir de onde sairão os recursos para manter esse benefício sem desequilibrar o sistema”, ressaltou.

Relação com o oposição de Criciúma

Sobre o ambiente político na Câmara, Darós reconheceu a atuação firme da vereadora Geovana Mondardo (PCdoB), principal nome da oposição na antiga gestão. “Ela fiscaliza, cobra e tem um perfil combativo. Mas quando um projeto é positivo para a cidade, ela vota a favor. Sempre foi assim”, disse.

Ele lembrou que os projetos passam por um período de análise antes de chegarem ao plenário. “Eles ficam cerca de 30 dias em comissões. Esse tempo garante um debate mais aprofundado e evita decisões precipitadas”, explicou.

Fim da lua de mel

A relação entre o Legislativo e o governo Vagner Espíndola já enfrenta seus primeiros desafios. O aumento da tarifa de ônibus e os elevados gastos com capacitação de professores criaram atritos entre os vereadores.

Com o estudo anunciado pelo Legislativo, a discussão sobre o transporte público promete esquentar ainda mais nos próximos meses. A Câmara, segundo o presidente, busca transparência nos números para encontrar um equilíbrio entre a necessidade de financiamento do sistema e o impacto para a população.

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