Igreja de São Francisco, em Salvador, é revestida a ouro e patrimônio nacional

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Igreja e Convento de São Francisco, cujo forro do teto desabou nesta quarta-feira (5), matando uma pessoa, é famosa pelo grande volume de ouro usado em sua arquitetura.

Todas as superfícies do interior -paredes, colunas, teto, capelas- são revestidas de entalhes dourados que formam florões, frisos, arcos, volutas e figuras de anjos e pássaros. A abundância de detalhes é símbolo do barroco, movimento artístico dominante no Brasil quando a construção foi erguida, entre os séculos 17 e 18.

Localizada em frente ao largo do Cruzeiro, no centro histórico de Salvador, a igreja ainda possui grandes obras em azulejo.

Ao lado dela, está o Convento de São Francisco, construído primeiro. O conjunto foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Também foi eleito uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. O centro histórico de Salvador, onde os edifícios se localizam, foi declarado patrimônio da humanidade pela Unesco.

PROBLEMAS NA ESTRUTURA

Os primeiros restauros na igreja ocorreram entre 1926 e 1930, após danos na estrutura serem causados por cupins. A partir de 2005, os problemas se tornaram mais constantes.

Azulejos começaram a se soltar. Foi solicitado um restauro emergencial ao Iphan, que não pôde realizá-lo pelo alto custo. Em 2010, os pilares do claustro, erguidos em pedra, também começaram a apresentar fissuras.

Somente em 2020 foi anunciada liberação de R$ 4,1 milhões para restauro do espaço. Porém, segundo a gestão da igreja, novos problemas já tinham surgido. Por exemplo, o teto de uma das salas estava ameaçado de desabamento, segundo relatório apresentado ao governo federal.

Em 2024, o Iphan liberou mais R$ 1,2 milhão para obras.

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