Suspeita de envenenar bolo em praia do RS fica em silêncio em depoimento

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DOUGLAS GAVRAS
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS)

Suspeita de envenenar quatro familiares com arsênio na cidade de Torres (a 190 km de Porto Alegre), Deise Moura dos Anjos permaneceu em silêncio por cerca de dez minutos, durante depoimento na delegacia da cidade litorânea, na última terça-feira (4).

Ela foi levada da Penitenciária Estadual Feminina do município gaúcho até a delegacia, onde daria o depoimento, e retornou de lá algemada.

Deise está presa desde o dia 5 de janeiro, suspeita de cometer triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e uso de veneno.

A polícia está na fase final do inquérito sobre o bolo envenenado consumido pela família na antevéspera de Natal e pode concluir a investigação neste mês.

Os policiais trabalham com a hipótese de que ela teria envenenado a farinha que sua sogra, Zeli Teresinha dos Anjos, utilizou para preparar o bolo. À época, a perícia encontrou altas dosagens de arsênio no ingrediente.

A polícia também encontrou notas de compra de arsênio em um celular de Deise que foi apreendido.

O bolo foi consumido por seis pessoas, sendo que três morreram: Maida Berenice Flores da Silva, 59, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47, respectivamente irmãs e sobrinha de Zeli.

Uma criança de dez anos, filho de Tatiana, chegou a comer o alimento e teve de ser internada, mas foi liberada logo depois. Zeli recebeu alta hospitalar depois de três semanas de internação.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul também investiga se Deise está envolvida em outras mortes.

Um dos episódios suspeitos é a morte de José Lori da Silveira Moura, pai de Deise, ocorrida em 2020, aos 67 anos, que na época foi atribuída à cirrose.

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