Controlador-geral de Roraima é acusado de agredir, ameaçar e perseguir a ex-esposa

O controlador-geral de Roraima, Regys Freitas (Foto: Secom-RR)

O controlador-geral de Roraima, Regys Freitas, é acusado de agredir, ameaçar e perseguir a ex-esposa. Em dezembro, a vítima conseguiu uma medida protetiva na Justiça que o proíbe de se aproximar dela por 200 metros. Ambos foram casados por quatro anos, têm uma filha e se separaram em 2023. O episódio foi revelado pelo G1 e confirmado pela Folha.

Freitas também não pode ter qualquer contato com a ex, tampouco enviar, por qualquer meio de comunicação ou terceiros, ameaças ou ofensa à integridade moral e psicológica que afete a honra e a intimidade da estudante de Medicina. O juiz do caso ainda ordenou busca e apreensão de qualquer arma de fogo na casa do suspeito.

Procurado, Regys Freitas informou que “as acusações são inteiramente falsas, desprovidas de quaisquer provas, e que a defesa das acusações já se encontra protocolada aguardando análise da justiça”. O controlador-geral também informou que a separação ocorreu em 2023 “e que não há nada que justifique uma medida dessa 1 ano depois, pautada em falsas alegações”.

O controlador-geral tem status de secretário estadual e está no cargo desde 2024. Sua função é garantir o controle interno e a verificação da legalidade, eficiência, eficácia e efetividade dos atos da gestão estadual. Ele não deve pedir afastamento do cargo por entender que as acusações são falsas.

A Folha questionou ao Governo de Roraima se irá tomar providências nesse caso, assim como a Polícia Civil sobre o andamento da investigação dos episódios relatados à Justiça, e aguarda retorno.

O caso

De acordo com o G1, a Justiça considerou, ao publicar a decisão, relatos da estudante de que o relacionamento com ex-reitor da Uerr (Universidade Estadual de Roraima) acabou porque ele a xingava de “vagabunda, manipuladora, doente mental, mentirosa, psicopata” e dizia que “você não vai ser ninguém, sem mim [sic]”. Ela também alegou que ele teria supostamente vazado conversas íntimas dela até para o pastor da igreja.

A vítima também informou à Justiça que as agressões aconteceram no intervalo de cinco meses após a separação, quando ela ainda morava na mesma casa que ele, enquanto esperava a nova residência ficar pronta. “Como se não bastasse, em outra ocasião, quando ela afirmou que ia solicitar medidas protetivas, ele proferiu novas ameaças e a agrediu fisicamente com puxões de cabelo e empurrões”, detalha decisão da medida protetiva.

A mulher registrou um boletim de ocorrência contra o controlador-geral na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em dezembro passado, mesmo mês que a medida foi concedida.

Em um dos trechos da decisão, a estudante relatou que uma das maneiras que Regys encontrou para intimidá-la foi vazar conversas intimas dela até para o pastor da igreja que frequenta. Ela disse ainda que não sabe como ele teve acesso às gravações de ligações.

As ameaças, segundo a mulher, incluíam intimidações para que ela não se relacionasse com outra pessoa. “Fica com quem você quiser para ver o que vai acontecer contigo”, destacou outro trecho da decisão.

Em novembro de 2024, enquanto estava na academia, a vítima afirmou ter sido perseguida e observada por Regys Freitas. Ela também disse que enquanto se relacionou com o ex-reitor da Uerr, ele sempre demonstrou ser ciumento, persuasivo, perseguidor e controlador e a tratava com inferioridade na relação.

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