F1: a grande reestruturação da Haas

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Assim como a Aston Martin, que está investindo forte para voltar ao topo da Fórmula 1, a Haas é outra equipe que não vem medindo esforços em busca de crescimento.

“Caçula” entre as escuderias, a americana com sede principal em Kannapolis, Carolina do Norte, chegou na categoria em 2016 e pontuou logo em sua primeira corrida.

Apesar de um início empolgante, o desempenho foi caindo ano a ano, até amargar o último lugar no campeonato de construtores em 2023.

O time americano viu então que era hora de reagir e começou a protagonizar uma das grandes reviravoltas da Fórmula 1 no inicio do ano passado, quando o proprietário Gene Haas deu o primeiro passo principal neste sentido, ao substituir o chefe da equipe Günther Steiner por Ayao Komatsu, que atuava como engenheiro-chefe de corrida. E logo de cara ele mostrou resultado.

Saindo da última posição em 2023 com apenas 12 pontos, a Haas somou 58 no ano passado e encerrou o campeonato em sétimo lugar. Além de superar a meta, que era finalizar o ano em oitavo, poderia ter ido ainda mais longe, já que perdeu para a Alpine a batalha pelo sexto lugar por apenas 7 pontos.

Responsável por essa virada e querendo ainda mais, Komatsu acaba de promover significativas alterações na equipe de pista para a temporada 2025, que começa em março.

A reestruturação envolve a troca dos engenheiros, estrategistas e pessoal de operações esportivas, visando melhor suporte à sua também alterada dupla de pilotos, com a chegada de Esteban Ocon e a promoção do então reserva Oliver Bearman, em substituição a Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg.

Como base das mudanças estruturais, ele nomeou dois engenheiros de corrida para os pilotos, incluindo uma contratação histórica.

Trata-se de Laura Muller, que passa a ser a primeira engenheira de corrida em uma equipe de Fórmula 1. Aos 33 anos, ela vai trabalhar com Esteban Ocon.

O segundo cargo será ocupado pelo engenheiro Ronan O’Hare, que vai atuar com Bearman.

As mudanças na Haas incluíram também a nomeação de três figuras sênior. Francesco Nenci, ex-engenheiro da Toyota, Sauber e Marussia, passa a ser o novo engenheiro-chefe de corrida.
Mark Lowe, de volta à equipe, foi nomeado diretor esportivo no lugar de Peter Crolla, que deixou o time recentemente.

Komatsu também contratou a estrategista de corrida Carine Cridelich, que vai assumir em 1º de março, saindo de seu cargo atual na RB.

A equipe técnica baseada na fábrica permanece inalterada, com Andrea De Zordo, Tom Coupland e Jonathan Heal em seus respectivos cargos de diretor técnico, chefe e vice-projetista.

“As alterações se concentram na equipe de pista. É uma mudança enorme, mas necessária porque essa área foi um dos pontos fracos no ano passado, principalmente nos fins de semana de corrida, marcados por decisões de estratégia erradas e pit stop ruins”, justifica Komatsu. “Quanto mais o carro se tornava competitivo, mais as falhas ficavam evidentes”.

O entrosamento da nova equipe de pista começou de forma prática durante o primeiro Teste de Carros Anteriores (TPC), realizado com o monoposto de 2023 no circuito de Jerez, na Espanha, nos dias 15 e 16 de janeiro. Além dos titulares Esteban Ocon e Oliver Bearman, Ritomo Miyata, piloto da Toyota, também participou.

Aliás, a volta da Toyota ao cenário da Fórmula 1 através da parceria com a Haas é outro indicador de mudança e foco em resultados. Desde outubro de 2024, ela oferece suporte em design, engenharia e fabricação à equipe americana, que seguirá utilizando os motores Ferrari até o fim de 2028.

Solidificando a parceria com a gigante japonesa, na última sexta-feira, 31 de janeiro, a Haas anunciou também a contratação do engenheiro Pierre Genon para gerenciar o projeto de colaboração entre as duas empresas, visando resultados ainda mais expressivos nas próximas temporadas, já que ambas estarão envolvidas no desenvolvimento aerodinâmico, no projeto e na fabricação dos carros.

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