Criciúma lidera empregos mas cresce abaixo da média

A Capital Catarinense dos Parques Urbanos foi destaque na geração de empregos entre os municípios da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) em 2024, registrando 48.002 admissões, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). O desempenho colocou a cidade como a nona que mais contratou em Santa Catarina. Contudo, apesar do saldo positivo, o crescimento proporcional ficou abaixo da média estadual e nacional, o que levanta reflexões sobre os desafios econômicos do município.

Protagonismo da indústria

Os setores que mais impulsionaram o emprego na cidade foram os serviços (20.060 admissões), o comércio (12.692) e a indústria (11.899). A construção civil também teve papel relevante, mas ficou em quarto lugar no ranking de contratações.

O economista Thiago Fabris indica que esses dados reforçam a dinâmica econômica de Criciúma, que liderou a geração de empregos na região carbonífera. “A cidade tem um mercado de trabalho bastante ativo, com grande participação de profissionais com ensino médio completo, que são a maioria dos admitidos”, pontua Fabris.
Segundo ele, os setores de serviços, comércio e indústria foram os principais geradores de empregos, e não a construção civil, que apareceu como o quarto setor mais dinâmico.

“A indústria continua sendo um setor essencial para Criciúma, pois alavanca empregos diretos e indiretos, além de impulsionar outros segmentos”, explica Fabris.
Ele também enfatiza que a qualificação profissional é um fator relevante no mercado de trabalho local. “A maioria das admissões ocorreu entre trabalhadores com ensino médio completo, seguido daqueles com ensino médio incompleto e, em menor proporção, com ensino superior completo”, acrescenta.

Fabris também destaca o dinamismo do mercado de trabalho criciumense e a capacidade de adaptação às demandas do setor produtivo.

“Os dados mostram que Criciúma tem um ambiente favorável à contratação, mas também indicam que é necessário pensar estratégias para elevar o crescimento econômico acima das médias estadual e nacional”, conclui.

Comparativo com SC e Brasil

Apesar dos bons números absolutos, Criciúma cresceu abaixo da média estadual e nacional na geração de empregos. O Brasil teve um aumento de 3,72% nas vagas formais em 2024, enquanto Santa Catarina apresentou um crescimento de 4,32%. Criciúma, por sua vez, registrou uma taxa de crescimento de 2,41%, com 1.869 novos postos de trabalho formais acrescidos ao estoque de 2023 (77.313).

Para o economista Murialdo Gastaldon, esse dado sugere que, apesar da posição de liderança regional, Criciúma precisa ampliar seus vetores de geração de empregos e fomentar o empreendedorismo.

“O desafio da nova administração é criar condições para que a cidade cresça acima das médias estadual e nacional. O potencial existe, mas é necessário diversificar a matriz econômica”, analisa Gastaldon.

Perfil dos trabalhadores admitidos

Os dados do CAGED também revelam que a maior parte dos trabalhadores contratados em Criciúma em 2024 possui ensino médio completo, seguidos por aqueles com ensino médio incompleto e, em menor número, trabalhadores com ensino superior completo.
No recorte por gênero, 25.691 dos admitidos foram homens e 22.311 foram mulheres. A faixa etária mais empregada foi a de jovens entre 18 e 24 anos, seguida pela de 30 a 39 anos.

Central de Empregos

Um dos fatores que ajudaram Criciúma a manter seu protagonismo no mercado de trabalho foi a atuação da Central de Empregos. A plataforma, administrada pelo governo municipal, conecta empresas e profissionais, oferecendo oportunidades em diversas áreas por meio do site empregos.criciuma.sc.gov.br e do Instagram @centraldeempregoscriciuma.

Com a perspectiva de ampliação das oportunidades em 2025, a cidade segue com o desafio de fortalecer sua economia e consolidar um crescimento ainda mais robusto no mercado de trabalho.

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