Americanos acusados de forçar casamentos entre menores em seita são presos na Guatemala

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As autoridades da Guatemala capturaram, nesta quinta-feira (30), dois americanos membros da seita judaica ultraortodoxa Lev Tahor, incluindo um de seus líderes, acusados de forçar casamentos entre menores, informaram o Ministério Público (MP) e a polícia.

O suposto líder foi identificado como Aaron Teller, de 60 anos, e o outro integrante como Josef Rosner, de 52, disse o porta-voz do MP, Moisés Ortiz. Ambos são cidadãos dos Estados Unidos, indicou a polícia em nota.

Os dois são acusados do crime de tráfico de pessoas, na modalidade de casamento forçado, por realizarem uniões entre menores de idade membros da seita.

A operação foi realizada próximo a um abrigo infantil na capital, para onde as autoridades levaram dezenas de crianças dessa seita para protegê-las de supostos abusos sexuais.

No dia 24 de janeiro, as autoridades detiveram um homem israelense, também membro da Lev Tahor, a pedido do México, que solicita sua extradição por tráfico de pessoas.

A seita está sendo investigada na Guatemala por supostos abusos sexuais contra menores, mas seus membros têm exigido a devolução das crianças e adolescentes, em meio a distúrbios no abrigo e seus arredores nas últimas semanas.

Em dezembro, como parte das investigações, as autoridades invadiram uma propriedade da seita, que pratica uma versão ultraortodoxa do judaísmo, no município de Oratório, sudeste da Guatemala.

Nessa operação, 160 menores foram resgatados e permanecem sob a proteção do Estado.

A seita foi formada na década de 1980, e seus membros se estabeleceram na Guatemala em 2013. Eles já tiveram conflitos com autoridades em outros países, como México e Canadá.

As autoridades guatemaltecas estimam que o grupo é composto por 50 famílias, algumas da Guatemala, Estados Unidos e Canadá.

© Agence France-Presse

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