Déficit? Que déficit? Tudo dentro da meta!

Imagine a cena: um repórter corre atrás do presidente Lula para questionar sobre a situação econômica do Brasil e pergunta: “As contas públicas tiveram déficit de 43 bilhões em 2024!”. Lula, com a resposta pronta, retruca: “Tudo perfeito e dentro da meta.”

Na vida real, o governo brasileiro enfrenta um déficit significativo em 2024, algo que virou um dos principais desafios da equipe econômica. Segundo dados recentes, o governo precisaria de um esforço fiscal extra de R$ 42,3 bilhões para atingir a meta de déficit zero este ano. Isso significa que, por mais que o número pareça assustador, ele ainda está dentro do esperado, já que o planejamento já considerava um rombo nas contas públicas.

O problema é que, para equilibrar esse orçamento, o governo precisará aumentar receitas (ou seja, arrecadar mais impostos) ou cortar despesas – e nenhuma dessas opções costuma ser bem recebida pela população. Enquanto isso, a dívida pública segue crescendo, atingindo 77,8% do PIB, o maior patamar dos últimos anos. Parece que o Brasil entrou na academia fiscal, mas ainda não conseguiu perder aqueles quilinhos extras de endividamento. O jeito é torcer para que as próximas medidas surtam efeito e, quem sabe, transformar o déficit em superávit nos próximos anos.