Agrava-se a crise do IBGE

Complicou-se a situação do IBGE com o endurecimento da posição do sindicato dos seus funcionários. Organizou para esta quarta-feira, 29, em frente à sede do Instituto, no Rio de Janeiro, uma mobilização contra a proposta de criação de uma fundação de direito privado, batizada de “IBGE+”, pelo autor da ideia, seu presidente Marcos Pochmann.

A fundação é chamada pelos servidores, todos de alta e reconhecida capacidade técnica, de “IBGE paralelo”.

O sindicato lançou a campanha “Democratização Sim, Fundação Não” visando deter o que consideram um projeto de privatização e, mais do que isso, de manipulação. O sindicato alerta que a criação da fundação pode trazer riscos como a perda de autonomia do instituto, a precarização das condições de trabalho e, principalmente, o comprometimento da qualidade dos dados produzidos.

Só para lembrar, é o IBGE que apura a quase totalidade das informações estatísticas que devem orientar a ação do governo. Pochmann, desde o início de sua gestão, é acusado de tentar manipular dados para melhorar a imagem da administração. Petista de carteirinha, antes era presidente da Fundação Perseu Abramo, o órgão de estudos técnicos do PT.

O senador Rogério Marinho, do PL, pediu ao Tribunal de Contas da União o afastamento cautelar de Pochmann e a suspensão de atos que, segundo ele, ferem a transparência e tornam o IBGE “um puxadinho do PT”.

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