Divergências internas no MDB adiam decisão sobre Jorginho

O MDB de Santa Catarina segue com o dilema: apoiar ou não a reeleição do governador Jorginho Mello em 2026. Até tem articulações e muitas tentativas, mas o partido ainda não bateu o martelo, com divergências internas que distanciam cada vez mais a decisão.

“Vamos ouvir o partido e decidir. Não tem prazo definido, mas queremos resolver com brevidade. Primeiro, escutamos prefeitos, vereadores, deputados, diretórios e por aí vai”, explicou o presidente estadual do MDB, Carlos Chiodini, sobre a consulta interna para definir os rumos da legenda.

Vamos lembrar que Jorginho chegou a oferecer mais espaços no governo, como a Secretaria de Infraestrutura, comandada por Jerry Comper, e outras pastas em negociação. Ainda assim, quando questionado, Chiodini faz questão de frisar que nada está decidido. “O governador ofertou mais espaços para o MDB compor o governo. Vamos decidir ainda sobre isso. O fato envolve 2026 diretamente e as eleições”, ponderou.

A neutralidade, portanto, é a postura oficial do MDB neste momento. Segundo Chiodini, o MDB segue dividido e não há consenso sobre abraçar ou romper com o governo. “Sempre tem [divergências] e todos precisam ser ouvidos”, afirmou. A declaração confirma a presença de diferentes alas no partido, cada uma com visões distintas sobre o futuro da relação com Jorginho.

O presidente confirmou em entrevista à coluna que o debate interno está diretamente ligado às estratégias para 2026. Questionado se a tendência do partido é apoiar Jorginho, ele despistou: “Depois de ouvir, vamos decidir”. Sobre divergências internas na adesão ao governo, foi direto: “Sempre há e todos devem ser ouvidos”.

Entre essas alas, tem aquela liderada pelo deputado Antídio Lunelli, que defende uma aproximação estratégica com o governo de Jorginho. Lunelli, conhecido pelo pragmatismo político, acredita que uma aliança pode fortalecer o partido nas eleições de 2026 e garantir maior influência nas decisões estaduais. Por outro lado, há setores que resistem à ideia, preferindo manter distância do governo atual.

Enquanto isso, o governador Jorginho Mello enfrenta desafios dentro da própria base aliada. Gafes e posturas como dirigente estadual do PL têm afastado aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, levando alguns a considerarem uma migração para o PSD. O cenário conturbado impacta diretamente as alianças para 2026.

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