Contra candidatura de José Dirceu pelo Distrito Federal

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A senadora brasiliense Damares Alves comunicou que poderá ir às ruas alertar a população contra a eleição do ex-ministro José Dirceu. Ela não falou em recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou provas contra o ex-ministro, obtidas no contexto da operação Lava Jato.

Damares lamentou que a anulação coincida com o Dia de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, data reconhecida por órgãos internacionais, incluindo a ONU. Sabe, porém, que não há recurso jurídico possível, uma vez que a decisão é do próprio Supremo.

Damares teme, em especial, que a possível candidatura de Dirceu ocorra no Distrito Federal. “Que recado estamos passando para as novas gerações? O crime compensa? Há impunidade no Brasil? Que recado estou dando às crianças do Brasil com a notícia de que José Dirceu está inocentado dos esquemas de corrupção pelos quais foi condenado“, questionou Damares.

O pronunciamento da senadora reflete um crescente descontentamento entre parlamentares não petistas em relação a decisões judiciais que favorecem políticos envolvidos em escândalos de corrupção.

Estupro

A propósito, Damares fez no Senado, nesta quarta-feira 30, a lei de punição do aborto. Aproveitou para contar sua história. Disse que foi estuprada dos 6 aos 8 anos, “o que levou à história que todos conhecem, de minha tentativa de suicídio em cima da goiabeira”.

Voltou a encontrar o estuprador quando tinha 24 anos. E, revelou a senadora, quando foi estuprada, o criminoso era pastor evangélico. Quando o encontrou, após ele estuprar vários meninos, era padre.

A declaração foi feita com a aprovação do substitutivo que cria um Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, baseado nos dados do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro, para permitir a consulta pública do nome completo e cadastro de pessoa física das pessoas condenadas por esse crime.

Trata-se de medida que representa uma importante ferramenta para aumentar a segurança da sociedade, especialmente para as mulheres, crianças e adolescentes. O substitutivo também objetiva dar mais transparência ao sistema de justiça ao retirar o sigilo dos dados do réu após a condenação em primeira instância, quando a presunção de inocência cai.

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