Pontos e Teias

(Foto: Reprodução/Internet)

Todos que participaram da “Teia-2008” certamente estão sentindo falta daquele momento. Foi o que podemos considerar como uma revolução cultural no Brasil. As dificuldades que encontramos, por exemplo, nos nossos Municípios, para convencer da importância na criação das Secretarias Municipais de Cultura. Mas, o que mais me abala a lembrança, hoje, são os momentos felizes que vivemos naqueles dias produtivos culturalmente em Brasília. Mas o mais importante foi o resultado que vimos com a criação das Secretarias Municipais. A importância do trabalho do Célio Turino, por exemplo, como o de todos os que participaram do movimento, não deveria ser esquecido. Mas, infelizmente pouca gente se lembra de um trabalho feito para o progresso na cultura. Quando será que iremos acordar para a necessidade de reativarmos o movimento para sairmos do engodo cultural que fazem questão de alimentar.

A Cultura continua sendo vista como poder de intelectuais. Quando na verdade ela sempre foi e sempre será o alimento mental ao alcance de todos nós, independentemente de condições sociais ou qualquer outra. Vamos viver mais ativamente para sairmos do faz-de-conta. Vamos nos preocupar mais com nossa cultura, em vez de ficar mais preocupados com nossa aparência vulgar. Vamos considerar o princípio da igualdade necessária para o desenvolvimento humano e social. Vamos abraçar mais do que empurrar. O Bob Marley já nos disse: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. Foi na caminhada da Teia-2008 que me encantei com aquela fixa colocada na entrada do prédio: “Somos todos iguais nas diferenças”. Ainda não nos atentamos para o fato simples que nem tudo é exatamente o que vemos. Tudo depende de quem olha. Às vezes olhamos, mas não vemos. Assim como às vezes escutamos, mas não ouvimos. Então vamos ser mais cuidadosos no escutar e no olhar. Você pode estar se deixando levar pela cor da pele em vez de considerar a grandeza da alma. Por trás de uma pele negar pode estar uma mente brilhante que está vazia, sendo desprezada por uma mente apagada na escuridão da ignorância. Simples pra dedéu. Em vez de ficarmos perdendo tempo com assuntos fúteis, acordemos nossos políticos para a necessidade de novo movimento para o desenvolvimento cultural no Brasil. Temos muitas coisas boas na área, mas o mais importante é generalizar a ação, Brasil a fora. Pense nisso.

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