Tragédias Climáticas no Brasil: A Chuva Cai, a Culpa Sobe

Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de tragédias climáticas cada vez mais frequentes, intensas e muitas vezes ceifando vidas. Deslizamentos, enchentes, secas extremas e ondas de calor escaldantes se tornaram infelizmente o novo normal. Mas o que não muda é a resposta do poder público: tardia, ineficaz, incapaz e, muitas vezes, criminosa.

É fácil no apogeu do negacionismo ou por uma clara incompetência unida a um apedeutismo culpar a natureza, enquanto cidades inteiras são assoladas pela água, quando bairros desabam morro abaixo ou quando incêndios consomem o que resta das florestas. O discurso oficial sempre se repete: “foi uma fatalidade”, “choveu além do esperado”, “não havia como prever”. Mentira. A ciência tem alertado há décadas que as alterações climáticas amplificam esses eventos. Mas o que se vê nos corredores do poder? Uma inércia brutal, um desprezo absoluto pela vida dos mais vulneráveis e uma negação a ciência e o conhecimento.

O problema não é falta de informação, é falta de vergonha e trabalhar com um espírito político de fato, com o desenvolvimento da sociedade e seguranças das atuais e futuras gerações. Estudos mostram que políticas públicas poderiam mitigar essas tragédias: planejamento urbano sério, investimento em drenagem, reflorestamento estratégico e fim da ocupação desordenada. No entanto, prefeitos, governadores e a esfera federal preferem fingir surpresa quando o caos se instala. Depois, vêm as promessas vazias e as visitas ao local da tragédia com suas botas limpas, enquanto o povo afunda na lama e no descaso, ainda mais com um histórico nacional de políticas públicas tapa buraco, sem pensar em resolução de uma situação a curto, médio e longo prazo, é o dito tapar o sol com a peneira, minhas amigas e amigos.

Os políticos? Pois bem, esses continuam financiando obras faraônicas inúteis, concedendo licenças para desmatamento e fechando os olhos para o avanço das mudanças climáticas, sem falar nas ditas emendas e dividir para conquistar (polarização política). Quando a chuva passa e os holofotes se apagam, tudo volta ao esquecimento, até a próxima catástrofe.

Se o Brasil não levar a sério a crise climática e ambiental, prepare-se para mais desastres. Mas não se engane: o que mata não é a chuva. É a negligência, essa situação só demonstra como de fato estamos à deriva, e com uma perspectiva quase nula de melhora.

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