Ucrânia realiza grande operação contra tráfico ilegal de armas

A polícia ucraniana anunciou, nesta quinta-feira (23), uma operação que envolveu mais de 1.000 buscas e 22 prisões como parte de uma investigação sobre o tráfico ilegal de armas e munições, cujo fluxo aumentou desde o início da invasão russa.

A polícia nacional indicou no meio da tarde no Telegram que já havia “realizado cerca de 700 buscas” das 1.000 anunciadas pouco antes, e também informou 22 prisões.

De acordo com a mesma fonte, “milhares de cartuchos de diferentes calibres, fuzis de assalto, granadas, metralhadoras e lançadores de granadas foram apreendidos dos suspeitos”.

Desde o início da guerra contra a Rússia em fevereiro de 2022, a circulação de armas aumentou no país, especialmente equipamentos confiscados de soldados russos, que escapam do controle regulatório, levantando preocupações sobre o aumento do tráfico internacional de armas.

Um vídeo compartilhado por agentes da lei mostra policiais arrombando uma porta e apreendendo munição e dinheiro.

A declaração diz que os suspeitos podem pegar até sete anos de prisão.

Em setembro, a polícia apreendeu armas e explosivos no valor de mais de 39.600 dólares (237 mil reais) em Kiev, conforme relatado nas redes sociais.

Em agosto, no oeste da Ucrânia, as autoridades prenderam supostos traficantes de armas, apreendendo 20 fuzis de assalto, mais de 70 armas pequenas, dezenas de granadas e quase 49.000 cartuchos de munição.

O Ministério do Interior declarou, no início da invasão em larga escala, há quase três anos, que as autoridades distribuíram mais de 25.000 armas para repelir o ataque russo na região de Kiev.

Embora as autoridades tenham afirmado desde então que só recuperaram parte dessas armas, o Parlamento ucraniano aprovou uma lei em junho para “garantir a participação de civis na defesa da Ucrânia”.

O texto busca, entre outras coisas, regular as armas encontradas por civis e militares desde a implementação da lei marcial em 2022.

Em julho, o Conselho de Segurança da ONU pediu medidas para evitar o desvio de armas de doações feitas pelos aliados de Kiev.

De acordo com a Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC), uma ONG suíça, a maioria das armas que circulam fora do país foi tirada de soldados russos ou vem de estoques abandonados por eles.

© Agence France-Presse

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