Adoção do Monumento do Mineiro em Criciúma avança em reunião

O Sindicato dos Mineiros de Santa Catarina deu um importante passo para a preservação da história da mineração ao assumir a adoção do Monumento aos Homens do Carvão, também conhecido como “Monumento do Mineiro”, localizado na Praça Nereu Ramos, no Centro de Criciúma. Em entrevista, o presidente do Sindicato, Djonatan Elias, conhecido como Piriguete, destacou a relevância simbólica e os planos futuros para o marco histórico da cidade.

Ele ainda lembrou que o monumento representa um período em que a segurança do trabalho não era prioridade, trazendo à tona as memórias e desafios enfrentados pela categoria. “É algo histórico. Se tu for ver a picareta, a lamparina ali, que é o carbureto, com o chapéu ali, ele relembra muito, ele faz uma analogia entre o colono, o colonizador, com o mineiro do carvão. É algo muito simbólico para nós”, destacou Djonatan.

Sobre as responsabilidades do Sindicato, o presidente explicou que a preservação será parte de um trabalho contínuo: “As responsabilidades estavam na própria lei, quais serão as responsabilidades justificadas, né? A preservação é um dia a dia. O que vai acontecer com o tempo, a chuva, é algo muito impreciso”, disse ele, reforçando o compromisso de estar “muito próximo ao monumento”.

Para aumentar a visibilidade do monumento, estão sendo planejadas melhorias e iniciativas inovadoras. Uma das propostas é adicionar uma vagoneta próxima ao monumento, relembrando a mineração dos tempos antigos. Além disso, a implantação de um sistema de QR Code permitirá que visitantes tenham acesso a um site com vídeos, fotos e histórias sobre os heróis do carvão. “Os cidadãos de Criciúma e turistas poderão aproximar o celular para conhecer mais sobre a história”, explicou Djonatan.

O presidente admitiu que ainda não há uma estimativa exata para os custos de manutenção: “Hoje eu não consigo precisar de um orçamento mensal, semestral ou anual. A gente não sabe o que é que o tempo e a chuva vão deteriorar. Mas tenho certeza de que nós não vamos medir esforços para cuidar do monumento como ele merece”.

Djonatan também revelou detalhes do longo processo de adoção. “Tivemos a iniciativa em março do ano passado. Passamos por gestões de prefeitos anteriores, mas as eleições e o dia a dia acabaram adiando o processo. Agora, com o prefeito Vaguinho, que é muito solícito, conseguimos avançar. Ontem, tivemos uma reunião com ele, a Crisi da Fundação Cultural, e outras entidades para definir os próximos passos”, explicou.

Uma nova reunião está agendada para sexta-feira, às 15h, quando devem ser finalizados os trâmites burocráticos para formalizar a adoção. “Temos certeza de que o trabalho será feito a muitas mãos, entre prefeitura, Fundação Cultural, Sindicato, e até mesmo a Unesc”, concluiu.

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