Médico retorna ao regime fechado após acusação de estupro e violência doméstica durante saída temporária

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A Justiça determinou que o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, condenado a mais de 18 anos de prisão por abusos sexuais contra pacientes, volte ao regime fechado de forma temporária. A decisão foi motivada por novas acusações de estupro, violência doméstica e psicológica feitas por sua esposa durante a saída temporária de Natal de 2024.

De acordo com o relato da vítima, o médico, que cumpria pena na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, a obrigava a realizar visitas íntimas sob ameaças, afirmando que tinha “contatos” capazes de prejudicá-la. Durante essas visitas, mesmo quando ela se recusava e pedia para parar, era forçada a manter relações sexuais contra sua vontade.

A denúncia também inclui que, durante o período da saída temporária entre 23 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025, a vítima foi submetida a intensas agressões psicológicas. Além disso, as filhas do casal, gêmeas de 5 anos, teriam sido vítimas de tortura psicológica.

Com base nas acusações, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou, no último dia 16, a suspensão do regime semiaberto concedido ao médico. A juíza Naira Assis Barbosa, da Comarca de São José dos Campos, acatou o pedido, afirmando que o novo delito indicava incompatibilidade com a disciplina exigida no regime intermediário.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a denúncia está sendo investigada por meio de um inquérito policial, encaminhado à 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Além disso, uma medida protetiva foi solicitada para resguardar a vítima e suas filhas.

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