‘Risco de morte’: Conselho de Medicina pede à Anvisa proibição do PMMA no Brasil

O Conselho Federal de Medicina encaminhará à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), um pedido para a proibição do PMMA (polimetilmetacrilato) no Brasil. O produto é um composto plástico usado, equivocadamente, como preenchedor em procedimentos estéticos.

Composto plástico é usado em cirurgias plásticas como preenchedor

Composto plástico é usado em cirurgias plásticas como preenchedor – Foto: Reprodução/ND

O documento, com 35 páginas, será entregue à Anvisa durante reunião na tarde desta terça-feira (21). O pedido foi elaborado após diversas reuniões do CFM com sociedades especializadas, como a de cirurgia plástica e de dermatologia.

CFM pede a proibição do PMMA no Brasil

Conforme apuração do ND Mais, a decisão considera os recentes casos de deformidades e mortes de pacientes que fizeram uso do produto como preenchedor. Em julho de 2024, a influenciadora Aline Ferreira, de 33 anos, morreu após usar a substância para dar volume aos glúteos.

Naquele ano, a entidade já havia solicitado a proibição do PMMA no Brasil, mas a Anvisa manteve a autorização de uso em tratamentos reparadores.

Pedido de proibição do PMMA será entregue à Anvisa nesta terça-feira (21)

Pedido de proibição do PMMA será entregue à Anvisa nesta terça-feira (21) – Foto: Freepik/ND

O órgão orienta que a aplicação deve ser feita por médico ou odontólogo em casos de correção volumétrica facial e corporal, ou correção de lipodistrofia, condição em que há concentração de gordura em algumas partes do corpo.

Segundo o CFM, o uso equivocado do PMMA pode gerar complicações graves e irreversíveis, como deformidades, e causar a morte de pacientes, quando usado em grandes quantidades.

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