Sem acesso à posse

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Com outros parlamentares brasileiros, a brasiliense Bia Kicis, bolsonarista raiz do PL, viajou a Washington para a posse do presidente Donald Trump. Não puderam, porém, participar da cerimônia. É que a temperatura estava em 10 graus negativos, sim, graus Celsius, e ainda por cima ventava forte, levando a sensação térmica para frio ainda maior.

O jeito foi transferir a posse para o interior do Capitólio, o Congresso de lá, onde estava longe de permitir o acesso da plateia que costuma acompanhar as posses, formando um corredor humano que se estende por quilômetros, até o monumento a Lincoln.

Alguns senadores bonzinhos ainda abrigaram mulheres e crianças pequenas em seus gabinetes, mas os parlamentares estrangeiros foram excluídos. Acenou-se com a possibilidade de que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o enteado, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também do PL, entrassem na cerimônia, mas acabaram ficando de fora.

Com Steve Bannon

Restou aos deputados brasileiros comparecer a algumas cerimônias menores, como a uma reunião de parlamentares chamados por Stephen Bannon, apontado como o verdadeiro guru ideológico de Donald Trump. Havia no salão, de pé, principalmente deputados brasileiros, alemães e romenos. Bannon chamou ao palco Eduardo Bolsonaro e lhe passou o microfone.

Eduardo aproveitou para avisar que “se os Estados Unidos fizeram isso com Trump, nós faremos o mesmo com Bolsonaro no Brasil, pois costumamos seguir os mesmos passos dos Estados Unidos da América”. Acrescentou que ambos não foram reeleitos, mas agora Trump está de volta, enquanto Bolsonaro está sendo processado e impedido de viajar por um motivo fútil, criticar o sistema eleitoral a embaixadores. “Mas vamos lá, temos de devolver isso”, concluiu. Bannon questionou: “2026 é o ano do retorno, certo”. Eduardo Bolsonaro concordou e disse que “nas eleições de meio de mandato, que não são federais, mais dificílimas, o povo mostrou isso”, referindo-se às eleições municipais.

Implicância com o boné

Mas os participantes brasileiros, alguns parlamentares, outros simples defensores de Bolsonaro, protestaram. Não, nada de ideológico. É que, após subir ao palco, Eduardo colocou um boné vermelho. Os militantes acharam que, para o grande público, parecia um boné do MST.

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