Medicamento para distrofia de Duchene chega ao Brasil e pode custar até R$ 20 mi

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Medicamento disponível para tratamento da DMD (distrofia muscular de Duchenne), o Elevidys (delandistrogeno moxeparvoveque) chegou ao Brasil e poderá custar, a preço de fábrica, até R$ 20 milhões.

O valor do medicamento é variável e depende do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) de cada estado brasileiro. O Maranhão é o estado com o imposto mais alto, onde o produto poderia atingir os R$ 20 milhões. Em regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o fármaco poderá custar, entre R$ 18 e R$ 19 milhões.

Para estados com alíquota em 17% do ICMS, como é o caso de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, o medicamento custa a partir de R$ 18 milhões.

O preço de fábrica, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), é o valor máximo de venda que deve ser praticado por empresas produtoras, importadoras ou distribuidoras de medicamentos para farmácias, drogarias, hospitais, clínicas e para os governos.

O preço máximo ao consumidor ainda não foi definido pela agência.

A Anvisa concedeu o registro do Elevidys no Brasil no início de dezembro para a farmacêutica Roche.

O Elevidys é o primeiro medicamento de terapia gênica aprovado no Brasil para tratar crianças de 4 a 7 anos com DMD. Até então, o uso de alguns corticoides para retardar a progressão da fraqueza muscular era o único tratamento disponível no país.

Segundo a publicação no Diário Oficial da União, a concessão é em caráter excepcional e está sob condições de monitoramento a longo prazo dos pacientes tratados com o fármaco.

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