Três ministros de Israel renunciam por não concordarem com cessar-fogo

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

Após o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, três ministros da extrema-direita do país renunciaram seus cargos. Eles dizem que retornariam ao governo caso a guerra recomeçasse. A decisão acaba com a coalizão de Netanyahu com o Partido do Poder Judaico.

O Ministro da Segurança Interna de Israel, Itamar Ben-Gvir, foi o primeiro a pedir demissão. Ele apresentou sua carta de renúncia no sábado (18). Sua decisão não atrapalha o cessar-fogo, mas deixa Netanyahu enfraquecido politicamente.

Outros dois ministros pediram demissão na manhã deste domingo (19), horas antes do cessar-fogo começar. Foram eles Yitzhak Wasserlauf, ministro do Negev, Galileia e Resiliência Nacional, e Amichai Eliyahu, ministro do Patrimônio. Ambos pertencem ao Partido Judaico, da extrema-direta.

Decisão rompe coalização de Netanyahu com o partido. Acredita-se que mais três membros da sigla também comunicaram suas renúncias, indignados com a disposição do governo de negociar com o Hamas.

Ben-Gvir classificou o acordo como imprudente. O agora ex-ministro, contudo, não descarta voltar a ter um cargo no governo caso a guerra volte com força total. Segundo ele, os objetivos de Israel ainda não foram alcançados.

Coalizão de Netanyahu conta com 68 parlamentares. Mesmo contra a atitude do cessar-fogo, deputados da extrema-direita não pretendem criar ações contra o governo ou se unir à esquerda para derrubá-lo.

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