CANDANGOS NA ÁFRICA

A Seleção Brasiliense, também, esteve por lá, disputando e vencendo duas partidas. Vale ressaltar que candango era uma palava pejorativa, termo pelo qual os africanos colonizados escravizados chamavam os portugueses que eles abominavam, os tinham por ordinários. Durante a construção de Brasília, candango foi como ficaram chamados os primeiros peões-de-obra nordestinos que vieram em busca de trabalho. Lá pelas tantas muitas depois, a conotação da palavra mudou e passou a identificar a turma da terra. Hoje, candango é quem nasce brasiliense – e voltemos ao futebol.

O Ceub fez um giro maior do que a Seleção Candanga, incluindo jogos, também, pela Europa, tendo voltado da sua primeira – e única – excursão ao exterior com sete vitórias, sete quedas, dois empates, 20 gols pró e 19 contra. Em território africano, enfrentaram equipes de Marrocos e da Argélia, vencendo uma e perdendo três dos marroquinos, enquanto diante dos argelinos venceram duas e empataram uma.

De sua parte, o selecionado estreou no continente africano bateram Botswana (então, 107º no ranking da FIFA), por 1 x 0, no dia dois de abril de 2008, no Estádio Nacional, em Gaborone, com gol por Esley, atleta do Gama.

Botswana fica no sul da África e teve colonização britânica. O prélio foi armado para comemorar a posse do presidente Ian Khama e o time candango atuou usando camisas amarelas, sem o treinador Reinaldo Gueldini poder contar com jogadores do Brasiliense, que compromisso contra o Sport Recife, pela mesma oportunidade, na Copa do Brasil.

A Seleção Brasiliense venceu Botswana formando com: Osmair; Paulo Ricardo, Ozéia, Padovani e Kaká; Perivaldo, Agenor, Adrianinho e Michel (Léo Guerreiro); Eslei e Luis Fernando (Welton).

|A segunda partida rolou no 3 de abril do mesmo 2008, mandando 3 x 0 Moçambique (então 84º do ranking da FIFA), no estádio de Maputo, a capital de Moçambique, que fica na África Oriental banhada pelo Oceano Índico e que teve colonização portuguesa. O arbitro foi José Maria Rachide, auxiliado por Agostinho Pelembe e Francisco Machel.

A Seleção Brasiliense, com gols marcados por Eslei (2) e Michel, alinhou: Rafael Cordova; Paulo Ricardo, Ozéia (Ícaro), Padovani (Mazinho Brasília) e Kaká; Wélton, Agenor, Perivaldo e Adrianinho (Rodrigo Melo); Esley (Rodrigo Félix) e Michel (Léo Guerreiro).
Moçambique: Soarito (Marcelino); Whisky, Mexer, Tony e Gabito (Zainadine Júnior); Danito Parruque, Nelinho, Momed e Maurício (Hélder Cuinica); Magaba (Binó) e Hélder Pelembe (Sonito).