14 países da OEA rejeitam posse de Maduro na Venezuela

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quatorze países da Organização dos Estados Americanos (OEA), incluindo os Estados Unidos, rejeitaram nesta quinta-feira (15) a investidura de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, em meio a denúncias de fraude eleitoral, informou o Ministério das Relações Exteriores do Equador.

Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai “no âmbito da OEA emitiram uma Declaração Conjunta, na qual rejeitaram a investidura de Maduro e exigem o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais na Venezuela”, destacou o ministério através da rede X.

Os catorze países decidiram “REJEITAR o ato de investidura presidencial de Nicolás Maduro de 10 de janeiro de 2025, por carecer de legitimidade democrática e provas verificáveis de integridade eleitoral.”

Maduro, de 62 anos, prestou juramento na sexta-feira passada para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031).

Os países exigiram “ao regime ditatorial venezuelano que restaure a ordem democrática, permitindo uma transição pacífica que respeite a vontade do povo expressa nas eleições presidenciais.”

A autoridade eleitoral venezuelana proclamou Maduro vencedor das eleições com 52% dos votos, mas até agora não publicou a contagem detalhada, como exige a lei. A oposição afirma que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu com 70% do eleitorado.

Os 14 países também cobraram a libertação de “todas as pessoas detidas arbitrariamente” e o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais na Venezuela.

Entre 1º e 11 de janeiro, 75 pessoas foram detidas por “razões políticas” nos dias que antecederam a investidura, segundo a ONG Fórum Penal.

O grupo de países das Américas também instou a comunidade internacional a continuar apoiando os esforços diplomáticos, políticos e humanitários para lidar com a crise multidimensional na Venezuela.

Além disso, urgiram ao regime de Maduro respeitar o direito internacional, “cessando qualquer hostilização e cerco contra as pessoas asiladas em instalações diplomáticas e consulares no território venezuelano.”

Em março, seis dirigentes da oposição venezuelana se refugiaram na residência do embaixador argentino em Caracas. Um deles deixou o local em dezembro para se entregar às autoridades, que lhe concederam liberdade condicional.

A embaixada está sem pessoal diplomático desde agosto, após a ruptura das relações como resposta às críticas do governo do presidente argentino Javier Milei à reeleição de Maduro.

© Agence France-Presse

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