Mãe realiza rifa para custear exames de criança com imunodeficiência grave

Maya Praseres vive com disfagia, refluxo grave, alergia à proteína do leite (APLV) e soja, além de baixa imunidade, o que a torna suscetível a infecções constantes. (Foto: Arquivo)

Com apenas 2 anos e 8 meses, Maya Praseres da Silva enfrenta uma série de desafios de saúde. A menina nasceu com Hérnia Diafragmática Congênita e já passou por quatro cirurgias. Além disso, vive com disfagia, refluxo grave, alergia à proteína do leite (APLV) e soja, além de baixa imunidade, o que a torna suscetível a infecções constantes.

Para custear exames médicos urgentes e a primeira consulta com uma gastropediatra, a mãe da criança, Uberlande Praseres Vasconcelos, decidiu organizar uma rifa. Os procedimentos, que segundo ela, não estão sendo disponibilizados pelo município, foram solicitados com urgência pela imunologista que acompanha Maya.

“Esses exames foram encaminhados para a direção do hospital, que os enviou à Secretaria Municipal de Saúde. Posteriormente, fui informada de que não são credenciados pelo município, ou seja, não podem ser realizados pelo hospital”, explicou.

Com 2 anos e 8 meses, a menina já passou por quatro cirurgias. (Foto: Arquivo)

“Nos últimos meses, Maya passou por internações frequentes e sempre em estado crítico. Em setembro, ela ficou hospitalizada por 19 dias. Dias após receber alta, voltou a ser internada. O ambiente hospitalar, por si só, já representa um risco para ela, por causa da imunidade extremamente baixa”, explicou Uberlande.

Entre os exames solicitados estão Pneumococos 23 Sorotipos (R$ 700), Células NK CD16/56 (R$ 150), Linfócitos CD3 CD4 (R$ 230) e outros, totalizando R$ 1.570. Sem eles, a imunologista não consegue ajustar o tratamento da menina, que atualmente se alimenta exclusivamente por uma fórmula especial via GTT (gastrostomia endoscópica). Recentemente, Maya perdeu a tolerância a alimentos como sopas e frutas batidas, que antes faziam parte de sua dieta restrita.

“A imunologista precisa desses exames para manipular medicações adequadas, já que Maya não tolera medicamentos convencionais, muitos deles contendo lactose ou derivados da proteína do leite”, acrescentou a mãe.

Além disso, a consulta com a gastropediatra será fundamental para investigar as causas da rejeição alimentar e buscar formas de melhorar a condição nutricional da criança.

Como participar da rifa

A rifa tem o custo de R$ 10 por número e oferece diversos prêmios, como produtos de beleza, acessórios e serviços. O sorteio será realizado assim que todos os números forem vendidos.

Quem quiser contribuir pode entrar em contato pelo WhatsApp (95) 99123-0915 ou fazer uma doação via Pix: 727.446.182-68 (CPF: Uberlande Praseres Vasconcelos).

Outro lado

Procurada para falar sobre a ausência dos exames, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enviou a seguinte nota:

“A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informa que todos os exames que constam no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) são realizados pela Atenção Básica e Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). A única unidade hospitalar de alta complexidade para o público infantil em Boa Vista, o HCSA, realiza uma média de 40 mil exames laboratoriais por mês. Os exames especializados são feitos por meio de credenciamento, obedecendo tabela disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. A Semsa esclarece ainda que em Boa Vista, o Hospital da Criança Santo Antônio realiza os exames de: Imunoglobulina IGA; IGE total; Completo sérico; Imunoglobulina IGM; e Complemento CH5. Os demais exames mencionados, no entanto, não fazem parte da tabela do SUS”.

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