Projeção positiva para a indústria no Distrito Federal estima maior demanda por profissionais

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Maiara Marinho
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O crescimento do setor de indústria no Distrito Federal demandará, nos próximos três anos, a qualificação de 33,3 mil novos profissionais e a requalificação de outros 152,7 mil. A projeção, feita pelo Mapa do Trabalho Industrial (2025-2027), é do Observatório Nacional da Indústria (ONI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os segmentos com maior demanda são logística, construção e tecnologia da informação.

De acordo com o relatório, até 2027 o Distrito Federal terá que qualificar 186 mil profissionais para atender a demanda da indústria. A projeção foi feita levando em consideração o crescimento do PIB após a pandemia de Covid-19, com uma variação positiva de 2,9% em 2023, assim como a trajetória estável de crescimento econômico do setor industrial no país desde 2020, que pode se manter em 2,0% ao ano até 2027. No Brasil, estima-se que 14 milhões de trabalhadores precisarão de formação inicial, treinamento e desenvolvimento.

No Distrito Federal, o segmento de Logística e Transporte, poderá ter uma demanda de quase 47,6 mil profissionais, em seguida vem os segmentos de Construção e Tecnologia da Informação, com demanda de 39,9 e 36 mil trabalhadores, respectivamente. O relatório identificou, nessas áreas, maior necessidade por treinamento e desenvolvimento, ou seja, profissionais que precisam atualizar suas qualificações. Já o maior crescimento do estoque de empregos formais entre 2024 e 2027 deverá ser nas áreas de Manutenção e Reparação, com um aumento de 9,5%, e de Alojamento e Alimentação, com uma expansão de 6,5%.

Outras áreas como as de Tecnologia e Engenharia, de Serviços Gerais e Administrativos, entre outras, têm projeção de crescimento no mesmo período.

Qualificação profissional acessível

O Senai-DF oferece cursos gratuitos em suas escolas em Brasília, Brazlândia, Gama, Taguatinga e Sobradinho, que podem ser acessados presencialmente, de maneira híbrida ou virtual, de qualificação profissional, aperfeiçoamento e especialização para diversas áreas do setor industrial.

Durante as suas oito décadas de atuação, o Senai já formou 88,7 milhões de profissionais e todo ano tem cerca de 2,8 milhões de matrículas realizadas em todo o território nacional. Somente no Distrito Federal, são entre 40 e 50 mil matrículas por ano. Marco Secco, diretor do Senai-DF, explicou sobre a necessidade de requalificação para o período 2025-2027. “Alguns redirecionamentos profissionais precisam ser feitos, pois o futuro é dinâmico”, comentou.

Para acompanhar essas transformações no mercado de trabalho, o Senai-DF oferece cursos gratuitos pelo Programa Senai de Gratuidade Regimental, que tem uma taxa de 85% de permanência de estudantes. O Edital para ingresso em 2025 está aberto e receberá inscrições até 18 de março do próximo ano, pelo site cursos.senaidf.org.br. Estão sendo ofertadas 4.250 vagas em 41 cursos de qualificação profissional e 11 vagas em aperfeiçoamento.

Douglas Rodrigues, de 38 anos e morador de Taguatinga, é corretor de imóveis e aluno do Senai-DF há 10 anos. O primeiro curso foi o de marcenaria e atualmente ele faz o curso de Técnico em Edificações para aperfeiçoamento profissional. Para ele, a qualificação é uma maneira de melhorar o desempenho profissional. “Com a qualificação tenho mais informações para convencer o meu cliente, conhecendo bem como pode ser feita uma reforma, conhecendo melhor como é feita, de forma técnica, uma casa, posso agregar mais informações e soluções”, comentou Douglas.

Aos 22 anos, Fabrício Taveira, estagiário no Tribunal Regional Federal da 1a Região e morador da Ceilândia, está no terceiro curso de Inteligência Artificial e é aluno da instituição há um ano. “Estou cursando para aperfeiçoar a minha qualificação”, contou. No último semestre da faculdade, Fabrício explica os motivos pela busca por essa formação adicional. “Os cursos do Senai de Tecnologia nos preparam com mais expertise para o mercado de trabalho”. Para ele, “os conteúdos são voltados para a indústria e o professor induz a fazer atividades como se estivéssemos em um ambiente profissional de trabalho, assim aumentando as experiências de como lidar com certas situações, em relação às oportunidades”, relatou o estudante.

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