Um ataque de dois cães da raça bull terrier a um gato, ocorrido em Maceió, gerou grande repercussão e levantou discussões sobre a criação e o manejo de raças consideradas de perfil forte. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar possíveis maus-tratos cometidos pelo tutor dos animais, bem como a responsabilidade pelo incidente.
O tutor dos cães se apresentou voluntariamente à delegacia e informou que os animais vivem em um sítio, mas frequentemente fogem, o que expôs questões sobre negligência e a necessidade de medidas preventivas para evitar situações semelhantes.
Lucas, especialista em raças caninas, destacou que o bull terrier foi originalmente desenvolvido a partir do cruzamento entre bulldogs e terriers para combates. Embora atualmente sejam criados como animais de estimação, essas características genéticas podem exigir cuidados especiais, principalmente em relação à segurança e manejo.
Após o ataque, um dos cães foi recolhido e encaminhado ao Grupo de Pesquisa e Extensão de Equídeos e Saúde Integrativa (Grupequi/Ufal), onde demonstrou comportamento dócil. No entanto, o animal chegou ao local com ferimentos graves: testemunhas relataram que ele e a cadela já estavam machucados, com perfurações de faca, antes do incidente com o gato. O cão passou por uma cirurgia para sutura dos ferimentos, além de ser castrado, e está em processo de recuperação.
