Lançamento de candidaturas trinca PT

geraldo magela

Com relação à tentativa de lançamentos de nomes para unificar a oposição em 2026, Geovanny Silva, secretário-geral do PT brasiliense, divulgou nesta quinta-feira, 21, nota esclarecendo não haver, até o momento, nenhum nome lançado para representar o partido na próxima disputa ao Buriti.

De acordo com Geovanny – o presidente regional Jacy Afonso passou por cirurgia de catarata – “conforme resolução aprovada pelo Diretório Regional, as discussões estão sendo feitas em conjunto com outras legendas de oposição ao atual governo para a definição, em comum acordo, de um nome capaz de representar o conjunto dessas legendas e de seus militantes na disputa”.

O Diretório reitera, como já o fez em outras ocasiões, que lançamentos individuais atrapalham esse processo e se tratam de iniciativas pessoais, não respaldadas pelo partido. O alvo claro dessa nota é o ex-deputado Geraldo Magela, que foi o candidato a chegar mais perto do GDF nos tempos de Roriz e está em campanha aberta nos meios de comunicação.

Nome à disposição

Geraldo Magela avisa que, embora tenha larga experiência, inclusive com cargos públicos, coloca-se como pré-candidato do governador do Distrito Federal. Avisa que é uma pré-candidatura interna do PT, que não se definiu, ainda não tem prazo para se definir.

Mas, planeja fazer um governo focado nas pessoas. De toda forma tem uma larga experiência na administração e na política brasiliense.

Correntes opostas

Embora Magela se afirme pré-candidato interno no PT, correntes adversárias já estão trabalhando contra ele. Geovanny Silva informa que “estamos construindo uma nova tendência. Almejamos o resgate das raízes do nosso partido, firmemente voltadas para a base e sustentada pela base”.

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Reprodução/Instagram

Esse movimento representa um compromisso com nossos princípios e valores fundamentais, promovendo uma atuação mais próxima dos anseios populares.

“Queremos que o Partido dos Trabalhadores seja uma verdadeira ferramenta de luta da classe trabalhadora e do povo oprimido e explorado, reafirmando nosso compromisso com a construção coletiva e com uma democracia interna vibrante”.

Diante disso, completa, “anunciamos a formação dessa nova tendência no Distrito Federal, integrada ao Movimento PT Nacional, mas com coordenação própria em âmbito distrital, para consolidar uma nova forma de organização onde as tendências tenham um papel renovado, sem viés personalista”.

Só para lembrar, movimento PT é a corrente nacional a que pertence Magela. Conforme a nota do partido, “estamos abertos a todos e todas que simpatizam com nossas ideias e queiram estar juntos neste novo momento, mas o nome da tendência e a sua coordenação serão definidos em plenária, com data a ser definida.

Nome de fora

Embora não se possa minimizar a aversão interna e a rivalidade das correntes petistas, o esforço para minar Magela tem base também na possibilidade de se formar uma frente ampla, encabeçada por um não-petista, para disputar o Buriti.

Foi o que aconteceu em 2022, quando o distrital Leandro Grass se tornou o único integrante do PV a comandar uma chapa a governador. Desta vez, Grass permanece no páreo, mas se falam também em outros não-petistas, como Ricardo Cappelli, presidente da Agência Nacional de Desenvolvimento Industrial, que pertence ao PSB e até mesmo na senadora Leila Barros, do PDT, que se mostra menos aguerrida. A preferência pode permanecer, porém, com um nome do PT.

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