Laudo confirma doença bacteriana em abelhas e leva à interdição de apiário em Joinville

Um apiário localizado em Joinville foi interditado pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) após análises confirmarem a presença da CPE (Cria Pútrida Europeia), também conhecida como loque europeia, nas colmeias. O caso foi divulgado nessa quarta-feira (23) pela companhia.

A notificação foi realizada pelo próprio apicultor, que observou sintomas da doença nas suas colmeias - Cidasc/Divulgação/ND

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A notificação foi realizada pelo próprio apicultor, que observou sintomas da doença nas suas colmeias – Cidasc/Divulgação/ND

Contaminação foi causada por bactéria que afeta abelhas, mas não oferece riscos à saúde humana - Cidasc/Divulgação/ND

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Contaminação foi causada por bactéria que afeta abelhas, mas não oferece riscos à saúde humana – Cidasc/Divulgação/ND

Laudo confirma doença bacteriana em abelhas e leva à interdição de apiário em Joinville  - Cidasc/Divulgação/ND

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Laudo confirma doença bacteriana em abelhas e leva à interdição de apiário em Joinville – Cidasc/Divulgação/ND

A doença, provocada pela bactéria Melissococcus plutonius, afeta especificamente as crias das abelhas, causando mortalidade nas larvas da espécie Apis mellifera. Embora a doença não ofereça riscos à saúde humana, pode resultar em sérias perdas econômicas para os apicultores.

A notificação foi realizada pelo próprio apicultor, que observou sintomas da doença nas suas colmeias. A Cidasc realizou a coleta das amostras através dos médicos-veterinários Dickson Portes e Elivelton Bonato, da Unidade Veterinária Local de Joinville. A análise laboratorial confirmou a contaminação bacteriana.

Prejuízos para a apicultura e a importância da vigilância

Apesar de se tratar de um caso isolado, a Cidasc orientou os apicultores da região a ficarem em alerta. “A cria pútrida europeia é uma doença séria, que pode causar grandes perdas nas colônias de abelhas, acarretando prejuízos econômicos. A vigilância e o manejo adequado são fundamentais para prevenir sua disseminação e proteger as populações de abelhas, essenciais para a polinização, produção de mel, pólen e manutenção da biodiversidade”, alerta o médico-veterinário Dickson Portes.

Além de realizar intervenções em casos suspeitos, a Cidasc acompanha periodicamente o estado das colmeias em Santa Catarina por meio do programa de sanidade apícola. Nesse sentido, os apiários devem realizar um cadastro junto à companhia e informar o saldo de abelhas. Caso haja movimentação de colmeias entre propriedades, é necessária a emissão da Guia de Trânsito Animal.

Como a doença afeta as abelhas?

A CPE é uma doença bacteriana endêmica, ou seja, ocorre em determinados períodos do ano e está presente em todo o território nacional. A bactéria Melissococcus plutonius é responsável por infectar as larvas das abelhas, chegando até elas por meio da alimentação fornecida pelas abelhas nutrizes. Uma vez alojada no intestino das larvas, a bactéria compete por nutrientes, provocando desnutrição e, eventualmente, a morte das crias.

Os sintomas mais comuns incluem mudanças na coloração das larvas, que passam de branco para tons de amarelo e marrom, além de apresentar um aspecto flácido e desidratado. Também pode haver um odor ácido nas colmeias, dependendo do estágio da infecção. A cria falhada ou salteada, onde os alvéolos ficam sem cria, é outro indicativo da doença.

Prevenção e controle da doença

Embora não exista uma forma totalmente eficiente de prevenir a contaminação pela bactéria, boas práticas apícolas podem ajudar a mitigar o risco. Entre as medidas recomendadas estão a desinfecção regular de materiais e equipamentos utilizados no apiário, a seleção de colônias com bom comportamento higiênico e a manutenção de colônias fortes e populosas.

Em casos onde a doença já se manifestou, a eliminação dos favos infectados é essencial para evitar a propagação da bactéria. Além disso, as colônias mais robustas conseguem remover as larvas contaminadas de forma eficaz, minimizando os impactos da doença.

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