Um rato foi filmado dentro do restaurante universitário da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na tarde desta quarta-feira, 21. O roedor foi registrado circulando sobre uma mesa do “bandejão” e, pelas imagens, chega a passar perto de alguns suportes de guardanapos.
“Teve a aparição de um rato no restaurante da PUC-SP. Eles interditaram o local e mandaram um e-mail aos alunos para a retirada de marmitas, mas já liberaram para consumo no local”, disse uma universitária que pediu para não ser identificada.
“O próprio bandejão e a Reitoria assumiram que tinha mesmo um rato, após questionamento de alunos, e que estavam tomando as devidas providências, no entanto, à noite, menos de algumas horas depois do ocorrido, o local já estava aberto novamente e a ‘medida’ que eles tomaram foi colocar os funcionários para limpeza no local, o que na minha opinião não é suficiente nesses casos”, critica outra estudante da PUC-SP que também pediu anonimato.
Por meio de nota, a Reitoria da PUC-SP disse que, após o incidente, determinou a interdição imediata do espaço do restaurante universitário, com previsão de reabertura ainda na tarde da mesma quarta-feira.
Nesse período, as refeições ocorreram no formato de marmitas e as salas 500 C e 500 D, localizadas próximas ao refeitório do quinto andar, ficaram abertas para alimentação, segundo a Reitoria.
“A comissão de alimentação da PUC-SP está acompanhando de perto a situação. O restaurante universitário é gerido por empresa terceirizada. Em contato com a mantenedora, esta informou que providências cabíveis estão sendo tomadas”, disse.
A Reitoria destaca ainda o “firme compromisso com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida” de toda a comunidade acadêmica
Paralisação
A presença do roedor aconteceu em meio a uma manifestação estudantil organizada pelo coletivo Saravá desde segunda-feira, 19, que reúne alunos da PUC-SP, e que afeta os cursos de Ciências Sociais, Serviço Social e Psicologia.
Segundo uma das integrantes do grupo, os universitários pedem por melhorias estruturais na instituição, redução do valor das mensalidades e que a PUC-SP se posicione contra casos de racismo, assédios e descasos que, de acordo com os alunos, acontecem dentro da instituição.
O curso de Psicologia da PUC-SP também aderiu à paralisação na quarta-feira. Segundo estudantes dessa graduação, eles ocuparam o prédio velho em forma de protesto, mas tudo de forma organizada e pacífica.
Um vídeo que a reportagem teve acesso mostra que carteiras foram colocadas no corredor de um dos prédios para bloquear a passagem, em uma espécie de barricada.
Em um comunicado que circula entre os universitários, o coletivo diz que as aulas foram canceladas nesta quinta-feira, 22, “depois dos acontecimentos relacionados à greve”.
Estadão Conteúdo