A situação dos moradores de rua em Brusque foi o tema de uma reunião realizada na noite de quarta-feira, 21, na sede da Associação Empresarial de Brusque (Acibr). O encontro reuniu representantes da sociedade civil e do poder público local, entre eles o empresário Luciano Hang, dono da Havan, que participou do debate em busca de soluções para a questão.
Durante a reunião, ficou definido que o poder público irá apresentar um projeto de lei para proibir o uso de bebidas alcoólicas em espaços públicos, bem como a venda de produtos em semáforos. A medida visa conter o avanço do número de pessoas em situação de rua na cidade e melhorar a segurança e a qualidade de vida da população.
Luciano Hang destacou a importância da união entre o poder público e a sociedade civil para enfrentar o problema.
“Foi muito, muito proveitosa essa reunião. Toda a sociedade civil e organizada, o poder público e o povo querem uma solução. Os moradores de rua estão se avolumando. No último ano cresceu 25%, nos últimos 10 anos multiplicou por 14 e chegamos a 130 moradores de rua aqui em Brusque. Segundo o secretário, agora, estamos com 62. Mas nós precisamos tomar decisões”, afirmou.
O empresário também ressaltou a necessidade de conscientizar a população sobre a prática da esmola, que segundo ele, incentiva a migração de pessoas em situação de rua para Brusque.
“Eu peço para a população: não dê esmola. A esmola faz com que as pessoas venham para a nossa cidade. Brusque é uma cidade rica e todo mundo é muito bondoso e quer ajudar, mas o fato de você dar esmola, dar comida para os moradores, faz com que outras pessoas venham para a cidade”, alertou.
Luciano ainda citou exemplos de municípios vizinhos que têm adotado medidas mais firmes para lidar com o tema. “As cidades vizinhas nossas, de Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis, estão sendo muito atuantes para diminuir os moradores de rua. E o que acontece? Esses moradores de rua vêm pra Brusque. Daqui a pouco, se nós não cuidarmos, vamos ter 200, 300, 400 pessoas na cidade”.
Para ele, é possível buscar soluções humanizadas e eficazes. “Eu acho que o poder público junto com a sociedade civil e mais a população, pode dar um acolhimento para essas pessoas, porque ninguém quer tratá-los mal. Mas a esmola aumenta consideravelmente o número de moradores de rua. E a população sofre com isso”, concluiu.
A proposta de lei será elaborada e encaminhada à Câmara de Vereadores para debate e votação.
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