Região Sul registra saldo positivo de empregos formais

O aquecimento do mercado de trabalho formal no Sul do Estado, já percebido em janeiro e fevereiro, foi confirmado também em março, com o acréscimo de 1.345 vagas. Com isso, a mesorregião fechou o primeiro trimestre com saldo positivo de 9.030 novos empregos com carteira assinada no acumulado do ano.

Esse é o melhor resultado para o período nos últimos quatro anos e o segundo maior no pós-pandemia. Fortemente impactada pelas restrições nas atividades econômicas, a geração de empregos na região contabilizou saldo de 3.451 vagas no primeiro trimestre de 2020.

Com a recuperação da economia, já no ano seguinte o Sul catarinense contabilizou 9.739 novos postos de trabalho entre janeiro e março, marca que se mantém como a melhor da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Nos anos seguintes, os saldos do primeiro trimestre ficaram em 6.408, 6.242 e 7.414, respectivamente, até ultrapassar novamente 9 mil vagas geradas este ano.

“Sem dúvida, os números são bastante positivos, mas sabemos que poderiam ser ainda mais expressivos, não fossem as dificuldades para encontrar profissionais qualificados. Essa é uma dor que nós temos e a Acic está empenhada em contribuir na busca por soluções, somando forças com outras entidades, instituições de ensino e poder público”, ressalta o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Franke Hobold.

Contribuição da Região Carbonífera

O bom desempenho em 2025 contou com a contribuição dos municípios que compõem a Região Carbonífera. Considerando os 12 municípios, foram acrescentados 3.432 empregos formais no primeiro trimestre.

Entre eles, 11 estão com resultados líquidos positivos no acumulado do ano, sendo Siderópolis a única exceção, com a perda de 31 vagas no período. Em março, o município que mais gerou empregos na Região Carbonífera foi Criciúma (665) e, por outro lado, Siderópolis registrou o pior resultado na região (-22).

Indústria e serviços lideram

“O resultado da mesorregião no primeiro trimestre foi impulsionado principalmente pela força da indústria e dos serviços — setores que já vinham em ritmo de expansão. Além disso, o movimento típico do começo do ano, quando aumenta a demanda por produção industrial, também contribuiu para o crescimento”, explica o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

“Na indústria, foram criadas 3.503 novas vagas, com destaque para a confecção de roupas e acessórios, que respondeu por 654 postos, e o processamento industrial do fumo, com 460 de saldo. Juntas, essas duas atividades representaram 31,8% dos empregos gerados na indústria no período”, aponta o economista Alison Fiuza.

“Já o setor de serviços foi responsável por 4.155 contratações, sendo que a área de apoio à gestão da saúde liderou, com 1.276 novos postos — o equivalente a 30,7% do total de empregos gerados no setor no período”, acrescenta Rodrigues.

Os especialistas elaboram o Boletim do Emprego Formal, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), com a tabulação e análise dos dados do Novo Caged. O documento completo está disponível para consulta no site da entidade.

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