Por Milena Dias
Quem vê da plateia pode considerar que aqueles movimentos organizados e ritmados obedecem a um senso estético para ser apreciado e, ao final, aplaudido. Mas, no palco, para quem ensina balé e outras danças, o que há na ponta dos pés, no avançar das pernas e nos braços, no sorriso de quem se apresenta, há emoções intangíveis capazes de incluir, reduzir a timidez e até tratar depressão. Conforme testemunham as professoras e bailarinas brasilienses Suzane Bertoldo e Daniele Correa, nas periferias, a dança pode ter efeito revolucionário.