“Temos recebido mais relatos de saques, no contexto de uma situação humanitária desesperadora e de escassez de bens”, disse Stéphane Dujarric, referindo-se, em particular, a um caminhão em Deir al Balah e um depósito na Cidade de Gaza que foram saqueados no fim de semana.
Dujarric afirmou que não tem informações sobre os autores desses atos.
“Quando enfrentamos saqueadores, não fazemos perguntas”, observou. Mas “o que posso dizer é que, durante o período transitório de cessar-fogo, quando a ajuda chegava, não recebemos nenhuma informação sobre saques”, insistiu.
“Se são pessoas roubando por desespero ou gangues criminosas roubando para vender, não sei, mas o que sabemos é que há cada vez menos bens em Gaza”, acrescentou.
Desde o início do ano, foram detectados cerca de 10 mil casos de desnutrição grave em crianças, destacou.
Israel controla todos os fluxos de ajuda internacional, vitais para os 2,4 milhões de palestinos da Faixa de Gaza que sofrem uma crise humanitária sem precedentes.
Em 2 de março, cortou esses fluxos, poucos dias antes do rompimento de um frágil cessar-fogo após 15 meses de combates.
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