A linguagem jornalística na cobertura dos conflitos armados em Moçambique

(Foto: jorono/Pixabay)

Resumo

Para a materialização do presente estudo nos baseamos em fundamentos teóricos de Shinar, Loureiro, Ladeira, Branco, entre outros, para discutir, sobre “A linguagem jornalística na cobertura dos conflitos armados”, de forma mais aprofundada. O estudo sustenta-se numa pesquisa mista, com abordagens qualitativa e quantitativa, sustentando-se na técnica de recolha de dados, que permitiu recolher e analisar 40 artigos (21 do Canal de Moçambique e 19 do Savana), dos dois semanários, referentes ao período de estudo (Outubro de 2013 – Agosto de 2014). Com o estudo pôde-se perceber uma má empregabilidade da linguagem jornalística aquando dos eventos relacionados aos conflitos armados, tendo anda sido possível notar que os jornalistas, dos semanários SAVANA e Canal de Moçambique, não foram imparciais na recolha e divulgação de informações, tendo, em parte, demonstrado em suas matérias, discursos que favoreciam uma das partes (Governo/Frelimo ou RENAMO) envolvidas nos conflitos, assim como postura virada para a mercadologia da informação, rompendo assim com a imparcialidade jornalística.

Introdução

Moçambique registou, de 2013 a 2014, conflitos armados, na região centro, envolvendo os dois maiores partidos políticos, nomeadamente a FRELIMO e a RENAMO, desafiando, desta forma, os jornalistas e/ou os meios de comunicação social a se redefinirem na maneira de produzir informações e, por conseguinte, na divulgação da mesma à sociedade.

A cobertura jornalística em tempos de conflitos armados continua sendo um desafio ao jornalismo moçambicano, desde a empregabilidade linguística, como também no decorrer das coberturas – tem sido quase mesmo cenário ao nível do mundo – onde nota-se certa dificuldade para a inserção ou aceitação, da imprensa, em campos de guerra, devido os diversos factores que possam imperar na gestão do aglomerado populacional.

Com o estudo pretendemos levantar debate sobre a forma como a linguagem foi enquadrada na produção noticiosa, para melhor perceber se poderia ter havido “favoritismo”, por parte dos jornalistas, a uma das partes envolvidas no conflito. Para tal, nos recorremos a análise da linguagem, porém, aliando-se ao discurso (exposição metódica de um determinado assunto) para melhor analisar a imparcialidade, como sendo um elemento que na sua génese agrega a linguagem e o discurso. 

Leia aqui o artigo completo.

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Sérgio dos Céus Nelson, Jornalista, colaborador de diversos jornais e revistas, é Licenciado em Jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes (ECA), da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique. Estudante de Direito, Pesquisador, é Fundador da Associação de Jornalistas Ambientais e de Direitos Humanos (AJADH). Tem nos últimos tempos se focado em questões ligadas ao meio ambiente, direitos humanos e às lideranças africanas. Tem uma Menção Honrosa no Prêmio Internacional de direitos Humanos da Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul.

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