A partir deste domingo (13/04) até a próxima quinta-feira (17/04), líderes indígenas, jovens ativistas e figuras políticas estarão no evento “Renovando Nossa Energia” a fim de defender a transição energética justa e o valor das comunidades indígenas, tradicionais e mais vulneráveis.
Para tanto, serão apresentadas demandas à presidência da COP30, antes das negociações climáticas da ONU no Brasil, em novembro. A 350.org lançou uma petição online internacional com as demandas.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi convidada a participar do evento, assim como a presidência da COP30, para que possam debater sobre a pauta apresentada.
Os participantes do Encontro também irão planejar oportunidades de ação e poder conjuntas, como a adesão ao apelo por uma grande mobilização global pelas pessoas e pelo planeta em 2025 e a pressão sobre políticos para aumentar a ambição climática e o financiamento climático, com foco em uma transição justa, nas negociações climáticas globais da COP30.
Transmissão online de painéis gratuitos
O evento contará com mais de 200 ativistas climáticos de 70 países, com palestras, workshops e sessões culturais que objetivam catalisar projetos de energia renovável liderados por e em favor das comunidades, de forma acessível, segura e de propriedade comunitária.
O Encontro contará também com cinco painéis gratuitos, os quais serão transmitidos ao vivo no YouTube através dos links a seguir.
• Dia 1, domingo, 13 de abril: Energia descentralizada e justa como resistência
• Dia 2, segunda-feira, 14 de abril: O poder em movimento: de guerreiros a criadores de mundos
• Dia 3, terça-feira, 15 de abril: O poder em nossas mãos: estudos de caso inspiradores de comunidades em prol de uma transição justa
• Dia 4, quarta-feira, 16 de abril: Futuros radicais: construindo uma comunidade através da transformação do sistema energético
• Dia 5, quinta-feira, 17 de abril: Painel de encerramento: Compromisso e próximos passos
Conheça mais sobre participantes inspiradores
ÁFRICA
Patience Nabukalu – Uganda
Ativista do Fridays for Future Uganda, atua na campanha Stop EACOP contra um oleoduto prejudicial ao meio ambiente. Trabalha com energia solar em pequena escala em sua comunidade, promovendo alternativas sustentáveis e acessíveis.

June Bartuin – Quênia
Jovem ativista indígena Endorois e fundadora da IPPCJ. Premiada internacionalmente, lidera projetos de energia solar inclusivos e já capacitou mais de mil grupos de mulheres indígenas para práticas sustentáveis.

AMÉRICA LATINA E CARIBE
Luene Karipuna – Brasil
Liderança indígena Karipuna do Amapá, coordenadora da APOIANP e ativista contra combustíveis fósseis, com atuação em comunicação e educação indígena.

Ninawa Huni Kui – Brasil
Cacique e presidente da Federação Huni Kui do Acre, há 20 anos atua como defensor ambiental contra o extrativismo fóssil em nível nacional e internacional.

Toya Manchineri – Brasil
Coordenador-geral da COIAB e membro de importantes comitês sobre mudanças climáticas, atua na defesa dos direitos indígenas e ambientais na Amazônia.

Nantu Canelos – Equador
Líder Achuar e fundador da Kara Solar, desenvolve transporte fluvial movido a energia renovável, promovendo autonomia energética e proteção da floresta amazônica.

Mónica Chuji – Equador
Líder Kichwa e ex-ministra, defende direitos indígenas e da natureza. Atua em nível político e internacional, influenciando legislações e políticas públicas inclusivas.

Luis Acosta – Colômbia
Coordenador da Guarda Indígena da ONIC e liderança do povo Nasa, atua na proteção territorial e mobilização indígena na região do Cauca.

Robinson Moreno – Colômbia
Ex-mineiro e presidente da Coomusitador, lidera a transição do setor de mineração para energias limpas e empregos sustentáveis no Caribe colombiano.

Ruth Santiago – Porto Rico
Advogada ambiental e ativista climática, lidera projetos de energia solar comunitária e defende a propriedade pública da energia como caminho para justiça climática.

PACÍFICO
Olivia Vakacegu-Baro – Fiji
Atua na PCC promovendo energia solar e resiliência comunitária. Trabalha com igrejas e redes para integrar justiça climática ao desenvolvimento local.

Tuifaasisina Tapenaga – Samoa
Jovem samoano na Austrália, membro da 350.org. Atua com narrativas culturais e resistência aos fósseis, usando histórias para mobilização climática.

Brianna Fruean – Samoa
Ativista climática desde os 11 anos, cofundadora da 350 Samoa e premiada internacionalmente. Defende soluções comunitárias lideradas por jovens no Pacífico.

EUROPA
Souba Manoharane – França
Cofundadora do Les Impactrices, promove justiça climática com foco em gênero e decolonialidade. Lidera redes, formações e eventos ecofeministas.

Chris Vrettos – Grécia
Atua com energia comunitária na Europa via REScoop.eu. Defende soluções populares frente à crise climática e à concentração de poder das empresas fósseis.

AMÉRICA DO NORTE
Serena Mendizabal – Canadá
Indígena Cayuga, atua em projetos de energia limpa nas Primeiras Nações e defende uma transição justa que respeite o consentimento e autonomia das comunidades.

Roishetta Ozane – EUA
Organizadora comunitária na Louisiana, lidera projetos de energia renovável e capacitação local, focando em justiça ambiental e economia sustentável nas linhas de frente da crise climática.
